O deputado estadual Emerson Jarude (MDB) usou sua fala na sessão da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), nesta quarta-feira (5), para destacar a preocupação com o bloqueio dos pátios de cerca de 95% do setor madeireiro no Acre, após uma operação do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).
De acordo com informações de empresários, o bloqueio administrativo junto ao Sistema do Documento de Origem Florestal (DOF) emitido pelo Ibama, surpreendeu o setor e ocasiona um enorme prejuízo, especialmente no atual momento, onde, segundo Emerson, muitas famílias perderam casas devido às enchentes e precisarão reconstruí-las.
Entre as exigências do Ibama para “liberar” as madeireiras está o envio do registro fotográfico de cada uma das toras de madeiras em depósito, entre outros requisitos, no prazo de 30 dias.
“Sem especificar qual é a irregularidade, o órgão paralisou tudo e agora está indo em cada madeireira pedindo que eles encaminhem uma documentação dentro do prazo de 30 dias para que possa ser feita a análise. É uma ordem que vem de Brasília, e lá acho que não têm a mínima consciência do que tá se passando aqui com essas enchentes. Muitas madeireiras não conseguirão entregar essa documentação dentro do prazo de 30 dias, porque a exemplo de uma delas que tem mais de 12 mil toras, não vai conseguir fazer o registro fotográficos e cumprir as outras exigências dentro do prazo, então serão 60, 90, 120 dias sem o mercado girar”, detalhou Emerson.
Defendendo que o Ibama pode e deve fiscalizar as ações do setor no estado, Jarude destacou apenas que ao bloquear as atividades sem especificar o motivo, prejudica não apenas os empresários, mas a população acreana e pediu a união da bancada acreana em Brasília para solucionar a situação junto ao órgão federal. “A gente defende que o Ibama cumpra o seu papel, mas que faça dentro da razoabilidade. Fica aqui a nossa preocupação, principalmente diante da dificuldade que a população está passando hoje por conta das enchentes, então a gente pede humildemente que o órgão faça as diligências que tem que fazer, mas não prejudique o mercado que é um dos mais importantes nesse momento para que a gente possa ajudar o cidadão acreano a reconstruir a sua vida e as suas casas”, finalizou o parlamentar.
A pedido de Jarude, a Mesa Diretora da Aleac vai enviar um ofício ao Ibama para que explique a ação no Acre.