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POLÍTICA

Após morte de policial penal, deputados ‘pedem a cabeça’ de Marcos Frank a Gladson: ‘colegas estão sucumbindo’

Após morte de policial penal, deputados ‘pedem a cabeça’ de Marcos Frank a Gladson: ‘colegas estão sucumbindo’

Os deputados estaduais se uniram nesta terça-feira (2/9) para criticar a gestão do diretor-presidente do Iapen, delegado Marcos Frank. O deputado Arlenilson Cunha (PL), que é policial penal, foi o primeiro a fazer as observações. Ele disse que colegas estão morrendo diante dos olhos do Palácio Rio Branco e nada é feito.

“A categoria da Polícia Penal está adoecida e colegas estão sucumbindo diante dos olhos do governo. Eu falo aqui com o coração cheio e tenho a surpresa de um veto que é o anseio. O que eu observo aqui é um sistema que muitas vezes nos abandona. Colegas que estão sobre sobrecarga de trabalho, baixo efetivo, defasagem salarial. Esse é o retrato dos colegas policiais penais do estado do Acre. Nós vamos esperar outro cometer suicídio? Se os que estão cuidando estão nesse estado, imagina. Nós temos que tratar esse tema com urgência, a saúde mental dos policiais penais”, afirmou Arlenilson Cunha.

Outro que mencionou o caso foi o deputado Fagner Calegário (Podemos). O parlamentar defendeu a ida de uma comissão de deputados até ao governador Gladson Camelí para tratar a respeito da administração de Marcos Frank.

“Já conversamos sobre os temporários. E não é de agora esse assunto. Mas, está acontecendo um problema muito mais grave: o sistema está doente e não é de hoje. A gestão que está ali não dá esclarecimentos nenhum sobre as fugas, sobre os programas para cuidar dos servidores. O que o chefe que está sentado na pasta tem feito para cuidar de cada um deles? Quero saber o que o diretor do Iapen tem feito para cuidar dos colegas. A gente precisa sim juntar forças aqui e atravessar o outro lado da rua para defender os interesses deles”, disse Calegário.

Afonso Fernandes (SD) também comentou a respeito. Se limitou a dizer que os policiais penais que são treinados para fazer a segurança, vivem hoje “um período de insegurança” diante da vulnerabilidade do sistema.

“Eles trabalham nos presídios fazendo a segurança que precisa ser feita e hoje eles estão entrando em um período de insegurança. É preciso que se tenha uma atenção especial para com essas pessoas, que tem dedicado suas vidas a defender o Estado”, ressaltou.

As falas dos parlamentares foram motivadas dias após a morte do policial penal Edmilson Mourão, que foi encontrado sem vida em sua residência. O trabalhador enfrentava um problema pulmonar, além de dificuldade financeira para arcar com o tratamento, o que agravou o quadro de depressão.