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POLÍTICA

Após operação da polícia, Educação quer mudar controle da merenda escolar

Após operação da polícia, Educação quer mudar controle da merenda escolar

A Operação Mitocôndrias, coordenada pela Polícia Civil do Acre para investigar um suposto conluio entre servidores públicos e empresários que atuam no Departamento de Merenda Escolar da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE), já está surtindo efeitos.

A equipe de gestão da SEE se reuniu com o Conselho de Alimentação Escolar (CAE), na última terça-feira, dia 28, com a finalidade de estudar propostas para uma nova forma de estrutura da merenda escolar para a rede estadual de ensino. Entre as ideias, está a contratação de empresa que forneça as refeições e não os produtos para preparo.

Segundo notícia publicada na Agência de Notícias do Acre, outra proposta da equipe é uma ferramenta de recebimento, controle, acompanhamento e monitoramento da merenda nas escolas por meio de um sistema criado pelo setor Tecnologia da Informação da SEE.

“Acreditamos que esse novo formato evita o desperdício de alimento, pois o Estado só vai pagar pelo que o aluno consome e evitará inúmeros problemas relacionados à merenda, mantendo uma fiscalização, claro, e o sistema funcionando”, citou o professor Mauro Moura, chefe da Divisão de Merenda Escolar.

INVESTIGAÇÃO - Após dois meses de investigação, os delegados Alcino Júnior e Pedro Paulo Buzolin, da Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Decor), fizeram uma verdadeira devassa em todos os contratos geridos pelo Departamento de Merenda Escolar.

Em meio às licitações dispensadas, com valores milionários, à época assinados pelo ex-secretário da SEE, Márcio Mourão [exonerado após a operação sem uma justificativa pública], os empresários e servidores teriam forjado documentos de controle de recebimento e despacho de mercadorias, possibilitando pagamentos de produtos jamais entregues às escolas.

As investigações apontam que apesar de emitir notas no valor de R$ 2,7 milhões, a empresa só entregou o equivalente a R$ 415 mil, ou seja, houve um lucro de R$ 2,3 milhões em decorrência do suposto esquema executado pelos servidores e empresários. Tudo auditado e percebido pela Controladoria Geral do Estado.