O Secretário Municipal de Saúde de Rio Branco, Rennan Biths, concedeu uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira, 27, para atualizar a população sobre as ações de combate às arboviroses e o andamento do programa Aedes do Bem. Durante a entrevista, Biths detalhou a estratégia da Prefeitura de Rio Branco para combater o aumento das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya, além de salientar sobre a compra de R$ 4,5 milhões em mosquitos geneticamente modificados.
De acordo com o secretário, a cidade tem monitorado atentamente os dados de surtos de arboviroses, que tendem a aumentar no período sazonal, especialmente durante a estação das chuvas. Ele destacou que, com base no levantamento feito pelo Índice de Infestação Predial (Lyra), a gestão municipal tem intensificado as ações de combate, com foco nas áreas com maior incidência de focos do mosquito transmissor.
"Estamos monitorando, nós temos com a nossa equipe de vigilância, acompanhando esse momento sazonal, que é tradicional da região amazônica, e quando começa a chuva, o aumento das arboviroses é inevitável, especialmente devido ao crescimento da população de mosquitos", explicou Biths.
O gestor destacou também a implementação de medidas preventivas, como o trabalho de limpeza e eliminação de focos de mosquito, com base nos dados do Lyra. Além disso, foi introduzido um componente inovador na estratégia de combate: o programa Aedes do Bem, que utiliza mosquitos geneticamente modificados para reduzir a população do vetor.
Sobre a aquisição dos mosquitos, Biths esclareceu que a compra, realizada no ano passado, foi feita de forma integral, com um pagamento de R$ 4,5 milhões, pois, naquele momento, estava prevista a entrega completa do produto. Contudo, após um realinhamento do cronograma, ficou decidido que os mosquitos seriam entregues por lotes, visando otimizar o uso da tecnologia e atender às preocupações com as datas de validade do material. "O processo foi realizado no ano passado, e a contratação seguiu todos os trâmites legais. Agora estamos trabalhando no cronograma de implantação dessa tecnologia, que é uma inovação no controle biológico", afirmou o secretário.
O programa Aedes do Bem já tem sido adotado em algumas regiões do Brasil, com resultados positivos, e está em fase de implantação na Capital acreana. Biths explicou que, por se tratar de uma tecnologia nova e de controle biológico, é necessário um planejamento técnico cuidadoso para garantir sua eficácia e segurança.
"Esse é um controle biológico, e a implantação da tecnologia exige uma dinâmica robusta para que os resultados que esperamos sejam alcançados. O material ainda não foi exposto ao meio ambiente, pois estamos trabalhando para que tudo seja feito de maneira planejada e eficaz", completou o secretário.