Após o STJ negar todos os recursos da defesa do governador Gladson Cameli nesta quarta-feira (19), os advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto e Telson Ferreira afirmaram que vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal.
Para a defesa, a Operação Ptolomeu “possui excessos e ilegalidades” e é uma “verdadeira reedição tardia da Lava Jato”.
“A defesa vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal. A Polícia Federal do Acre fez investigação indevida sobre uma criança de seis anos de idade e, como se não bastasse, burlou a competência da Justiça Eleitoral, foro para apreciar casos relacionados a campanhas eleitorais. Os excessos e ilegalidades dessa operação, verdadeira reedição tardia da lava-jato no Acre, precisam ser corrigidos.”
Nesta quarta-feira, os ministros do STJ negaram por unanimidade o pedido dos advogados de Cameli para que as investigações no âmbito da Operação Ptolomeu fossem remetidos à Justiça Eleitoral.
Também foram indeferidos os pedidos para restituição dos bens e o trancamento da ação penal no âmbito da Operação Ptolomeu.
A Corte decidiu ainda que as empreiteiras da família Cameli poderão exercer suas atividades, mas fora do Acre ou sem qualquer vínculo com o Estado.
Outras empresas como a Murano, a Atlas, a Marie e a Aquiri também não poderão ser contratadas pelo governo do Acre.
Na terceira fase da Operação Ptolomeu, no dia 23 de março deste ano, o STJ determinou o bloqueio de quase R$ 120 milhões em bens dos suspeitos.