O senador acreano Márcio Bittar (MDB/AC) está de fato entre os parlamentares mais influentes do Congresso Nacional. Não por acaso, foi escolhido para assumir a relatoria do Orçamento Geral da União para 2021, que deve ser apresentado em breve pelo presidente Jair Bolsonaro.
Como informou a Agência Senado, nesta quarta-feira, dia 06, a designação formal para o cargo deve ocorrer após a instalação dos trabalhos e da eleição da nova mesa da Comissão Mista de Orçamento (CMO), ainda sem data definida. A presidência do colegiado deve ficar com um deputado do Democratas (DEM).
Segundo Bittar, o Orçamento de 2021 será influenciado pela crise econômica provocada pela pandemia de coronavírus. Ele destacou que será necessário “bom senso” para definir as prioridades nos gastos da União. O senador acreano, defensor assíduo do presidente Jair Bolsonaro, ganhou espaço positivo na mídia nacional.
Com a influência política e a boa articulação, já que a relatoria do Orçamento seria, por acordo, de um senador do MDB, não houve dúvidas ou questionamentos entre os membros da cúpula do governo, incluindo o presidente da República e assessores diretos do Planalto, e os chefes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
“Acredito que falar de prioridades agora é um chute. O mundo inteiro sabe que já estamos numa crise econômica. O que ainda não sabemos é apenas o tamanho dela. Será um ano talvez dos mais complicados: a gente vai pegar um Orçamento com uma coberta bem pequena para todo mundo”, avalia Bittar.
Bittar terá, portanto, de agir o mais democraticamente possível. Ouvir os anseios dos políticos, do governo e das bases. Ouvir governadores, prefeitos e suas próprias convicções antes de apresentar o relatório final da matéria. “Vamos fazer um Orçamento ouvindo todo mundo. Atuar para unir todos os interesses, o que não será fácil”, avaliou o senador.
Bittar agradeceu ao presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, e ao líder do MDB, senador Eduardo Braga (AM), pela indicação para a relatoria do Orçamento. Ele disse que tem um compromisso com as medidas de reestruturação do Estado defendidas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.
“Braga e Alcolumbre sabem que tenho compromisso com a agenda que venceu as eleições de 2018. O que eles, o governo, e todos podem esperar de mim é um relator realista, pé no chão, com transparência e sem receio do diálogo franco e aberto”, finaliza.