O pastor e vereador Arnaldo Barros (Podemos) apresentou nesta terça-feira, dia 14, um projeto de lei que pode proibir a cobrança do passaporte da vacinação na capital acreana. A proposta foi protocolada na Câmara Municipal de Rio Branco, e causou polêmica.
Barros, que é pastor evangélico, já havia comentado ser contrário à medida imposta pelo governador Gladson Cameli, com o intuito de garantir maior segurança à população diante da pandemia da Covid-19. A proposta deve ser votada na próxima quinta-feira, dia 16.
Barros alega, no projeto de lei, que “mesmo com a indicação das autoridades sanitárias especificando que as vacinas são experimento cientifico emergenciais, portanto, não obrigatório”, o “Estado usa de métodos coercitivos para obrigar o cidadão acreano a se vacinar, como também o menor de idade, sendo que, quanto a eles”, afirma o parlamentar.
Se aprovado, o projeto de lei ainda precisará passar pela sanção do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, e apenas depois passará a vigorar. Os parlamentares estão inclinados, contudo, a reprovar o projeto e derrubá-lo ainda na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se isso ocorrer, o PL nem sequer chegará ao plenário.
“É vergonhoso ver um colega vereador falar uma coisa dessas, e apresentar um projeto negacionista como esse. Aprovar um projeto assim é defender a morte das pessoas, é dizer que a vida não vale nada e que cada um deve viver como quiser, sem a interferência, quando necessária, do poder público. É vergonhoso, ainda mais vindo de um vereador que se diz pastor”, alega um membro do parlamento municipal.