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POLÍTICA

Assessor investigado por violência doméstica é da cota do Republicanos na Aleac; Duarte se pronuncia: “conduta reprovável”

Assessor investigado por violência doméstica é da cota do Republicanos na Aleac; Duarte se pronuncia: “conduta reprovável”

O assessor parlamentar Madson Cameli, noivo da vice-governadora Mailza Assis, investigado por lesão corporal grave e violência psicológica contra sua ex-esposa, foi nomeado pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Acre em março deste ano.

Ele está nomeado na cota da liderança do Republicanos, partido que tem o deputado federal Roberto Duarte como presidente estadual e autor de projetos, tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara, que visam coibir a violência contra as mulheres.

Ao Notícias da Hora, Duarte disse que não tem poder para orientar parlamentares do partido a respeito de quem estes nomeiam ou exoneram de seus gabinetes, mas foi duro ao dizer que reprova toda prática de violência doméstica.

“Ele é nomeado no gabinete do deputado Clodoaldo. O Partido não faz nomeação no gabinete de deputado. O partido não vai orientar quem dever ser demitido ou nomeado em gabinete de cada deputado. Isso vai da consciência do deputado que ganhou a eleição de nomear ou demitir cada um dos seus assessores. O que eu posso lhe dizer que a conduta desse cidadão é reprovável e que eu não concordo em nenhum gênero com o que aconteceu. Entendo que tenha que se apurar todos os fatos, não pode se condenar antes de uma sentença, né? Tem que investigar isso direitinho, saber como os fatos aconteceram, mas se for culpado, tem que pagar. Para mim totalmente reprovável. Se fosse no meu gabinete tinha demitido imediatamente até a apuração dos fatos”, afirmou Roberto Duarte.

Na Aleac, o Republicanos tem como líder o deputado Tadeu Hassem. Além dele, o partido é composto por Gene Diniz e Clodoaldo Rodrigues. O espaço permanece aberto para qualquer um dos citados pela reportagem. Madson Cameli faz parte da cota do deputado Clodoaldo.

Após repercussão do caso, Madson formalizou pedido de demissão. Até esta sexta-feira (23) ele permanece no cargo, apesar de ter solicitado a exoneração dia 21.

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Veja trecho do pedido de desligamento feito por Madson Cameli

Diante do exposto, e com o intuito de preservar a integridade do cargo e da instituição que Vossa Excelência representa, bem como para que eu possa concentrar esforços na busca pela comprovação de minha inocência, sem que isso interfira nas suas funções públicas como deputado, venho solicitar minha exoneração.

Reafirmo o meu compromisso com a verdade e a justiça, e acredito que, fora do cargo, poderei dedicar-me integralmente à minha defesa, demonstrando minha inocência perante as acusações imputadas.

Tal decisão visa, ainda, evitar qualquer tipo de prejuízo à Assembleia Legislativa do Estado do Acre e ao Gabinete de Vossa Excelência.

Assim, requeiro a aceitação do presente pedido de exoneração do cargo que atualmente ocupo, bem como que sejam tomadas as providências administrativas necessárias para formalizar a exoneração.

Reafirmo meu respeito e consideração pela Assembleia Legislativa do Estado do Acre e por Vossa Excelência, e espero que essa decisão seja compreendida como um ato de responsabilidade e compromisso com a verdade.