A Associação Médica do Acre e mais 79 entidades assinaram uma carta contra a regulamentação dos cigarros eletrônicos no país. A matéria, que tramita no Senado Federal, é de autoria da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS). A votação da matéria deve acontecer dia 3 de setembro.
No documento, a Associação Médica do Acre e as demais entidades entendem que o projeto é uma grave ameaça à saúde pública brasileira e de toda sua população.
"Lembramos que os vapes tem sua venda proibida no Brasil e este projeto absurdo pretende liberar a comercialização e legitimá-los sob as mesmas normativas que regem os cigarros convencionais", afirma o documento.
O projeto de Thronicke visa regulamentar a produção, importação, exportação, comercialização, controle, fiscalização e propaganda dos cigarros eletrônicos.
Em abril deste ano, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), por unanimidade, ratificou esse impedimento, que é mantido desde 2009.
Dados do instituto Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica, ex-Ibope) mostram que, em quatro anos, o número de usuários de cigarros eletrônicos quadruplicou no Brasil —saltou de 500 mil em 2018, para 2,2 milhões de usuários em 2022. A administração da nicotina nos vapes tem sido associada a um aumento no risco de iniciação do consumo de cigarros tradicionais entre crianças e jovens.
O tabagismo causa a morte de mais de 8 milhões de pessoas por ano e é uma das maiores ameaças à saúde pública global