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POLÍTICA

Audiência pública na Câmara discute terceirização do serviço de Saúde na capital acreana

Audiência pública na Câmara discute terceirização do serviço de Saúde na capital acreana

Está sendo realiza na tarde desta quarta-feira, 21, na Câmara Municipal de Rio Branco, audiência pública com o objetivo de debater o Projeto de Lei Nº 37/2022, do qual dispõe sobre a execução de ações e serviços de saúde pública através da participação da iniciativa privada, sob o regime de credenciamento e outras providências. A sessão está sendo acompanhada por representantes ligados ao setor da Saúde, e por servidores comissionados que aprovam a normativa.

Alesta Costa, presidente do Sindicato Técnicos de enfermagem, auxiliares e enfermeiros do Acre (Spate), é contra a aprovação do PL.

“Terceirizar não é a solução de trazer médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, temos dois anos do Tião Bocalom na prefeitura, e porque não se fez concurso público? Sabe para quê? Para ter as pessoas em suas mãos para ganhar o voto no período eleitoral, defende que não podemos viver em uma politicagem, temos que ter uma política honesta, pessoas que estudaram, estão precisando de emprego, e elas têm que ser livres para trabalhar e fazer o seu serviço com garantia, e quando reclamar de material não correr o risco de perder o emprego por ser terceirizado”, frisou a sindicalista.

De acordo com o PL, os trabalhadores temporários continuam exercendo suas funções nos próximos seis meses de 2023, de forma terceirizada, com previsão de que o contrato seja prorrogado no segundo semestre do próximo ano, ou que possa ocorre concurso público em outubro ou novembro.

Para Sheila Andrade, titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), o intuito da prefeitura não é prejudicar, mas suprir a necessidade real e verdadeira da população. "Temos que suprir essa necessidade urgente da falta de profissionais. Então, é essa dificuldade que temos, mais de 68 unidades e nem todas têm a equipe completa. É responsabilidade da gestão e nós temos esse compromisso com quem realmente precisa da atenção básica. O prefeito não está dizendo que não vai realizar o concurso, já está pactuado para outubro de 2023”, declarou.

A gestora também salientou que o Executivo quer mostrar que o projeto apresentado é bom para toda sociedade. “Ele tem um prazo! O município está se organizando para fazer um concurso público. Tudo isso tem um reflexo na gestão. Nesse meio termo, não podemos deixar a sociedade sem atendimento na Saúde”.