Sem nenhuma vontade de continuar na liderança do governo este ano, o deputado Gehlen Diniz (Progressistas) confirmou o que o Notícias da Hora havia relatado logo no início da manhã. Diniz pretende deixar a liderança. Sua saída é questão de dias. Os ajustes devem ser feitos com o retorno do governador Gladson Cameli ao Acre.
Neste sentido, um grupo de parlamentares da base de governo e também da oposição conversaram com o deputado Nicolau Júnior (Progressistas), presidente da Aleac e cunhado de Cameli, para que construa junto ao governo o retorno do deputado Luís Tchê (PDT) à liderança.
Ao que tudo indica, as desavenças entre o chefe da Casa Civil, Ribamar Trindade, e José Luís Tchê estão resolvidas. Recentemente Tchê teve a nora nomeada como diretora executiva na Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac). Paola Daniel já foi secretária de Meio Ambiente de Rio Branco. Foi exonerada na gestão da prefeita Socorro Neri (PSB).
Além dela, Tchê tem um irmão nomeado no governo com CEC-5. Adinã Schafer havia sido demitido quando Tchê votou pela derrubada dos vetos. Mas, a decisão foi reconsiderada por Gladson Cameli que trouxe o irmão do pedetista de volta à sua administração.
Em seu discurso hoje (4), o atual líder do governo, deputado Gehlen Diniz (Progressistas), deixou nas entrelinhas que o retorno de Tchê deve acontecer. O parlamentar frisou em tom mais ofensivo que continuará sendo base, embora não seja mais o líder. “Não vou ser base sendo oposição dentro da base”.
A frase é lacônica, mas profunda e pode ser direcionada a Tchê, uma vez que, quando deixou a liderança do governo, Tchê foi acusado de trair os colegas da base e induzi-los a votar contra o governo na derrubada dos vetos.