Por 11 votos a 8, os deputados estaduais derrubaram quase todos os requerimentos de autoria do deputado Fagner Calegário (Podemos) que pedia uma série de audiências públicas para discutir desde os cadastros de reserva da Polícia Civil, Educação até a convocação da secretária Socorro Neri para falar a respeito das empresas terceirizadas. O único aprovado foi requerimento que convoca a defensora-geral Simone Santiago para falar sobre o concurso da Defensoria. Este recebeu 17 votos favoráveis.
Diante das negativas dos colegas integrantes da base governista, Calegário ameaçou a voltar a assinar a CPI da Educação e ressuscitar o debate no Parlamento acreano. “Quero agradecer as boas-vindas de todos os colegas da base e dizendo que começo agora, de fato, a repensar com o retorno da assinatura depois de um tapa e um cuspe na bunda desses”, disse o deputado que recém chegado à base do governo.
Ao falar sobre o requerimento que convocava a secretária de Educação Socorro Neri para falar sobre o pagamento das empresas terceirizadas e consequentemente aos trabalhadores, Calegário disse: “quem votar contra esses requerimentos estarão sendo desumanos com essas pessoas”.
Edvaldo Magalhães (PCdoB) completou a discussão sobre o assunto e disse que a CPI da Educação iria ajudar a esclarecer os fatos, caso tivesse sido instalada. “Se hoje mesmo tivesse uma CPI da Educação funcionando, os terceirizados já teriam recebido. Vossa excelência, deputado Calegário, foi engalobado. Engalobado fostes! Desista deste novo caminho enquanto é tempo”, aconselhou o líder oposicionista.
Já o deputado Neném Almeida (Sem Partido) disse não entender o motivo para a derrubada de tantos requerimentos e à exposição desnecessária a um colega parlamentar. “Eu não sei porque a base do governo quer tanto esconder a administração do governo. Também vejo a maneira que a base trata um dos seus componentes, coloca os requerimentos dele e nem conversa com o deputado. Deveria ter um alinhamento melhor. Vocês ficam expondo o colega. Isso não é legal, expor o colega”, lembrou Neném.