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POLÍTICA

Base forma bancadas para fragilizar oposição em comissões e em CPIs 

Base forma bancadas para fragilizar oposição em comissões e em CPIs 

Em sua tentativa de mostrar algum grau de organização na relação com a base de sustentação na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o governo Gladson Cameli (Progressistas) começa a unir seus deputados em blocos para tentar fragilizar o poder de fogo da oposição - que mesmo sendo a minoria, consegue causar significativos estragos ao Palácio Rio Branco. 
 
Além disso, a formação do bloco envolvendo PDT, PSB e PTB, legendas de um deputado só, é vista como a preparação do terreno para a troca do líder do governo na Casa. Desde a semana passada o pedetista Luiz Tchê praticamente assumiu a função. 
 
Com o bloco, Tchê ganha mais poder de atuação dentro da Casa e tempo para usar na tribuna em defesa do Palácio Rio Branco.  Tanto o PDT quanto o PSB integravam a extinta Frente Popular do Acre (FPA) até dezembro último, garantindo sustentação aos governos petistas nos últimos 20 anos.  O PSB também é o partido da prefeita de Rio Branco, Socorro Neri. 
 
O outro bloco reunirá os deputados do partido do governador, o Progressistas, com o único do PR, totalizando quatro parlamentares. Apesar de maior, o bloco não altera o critério de proporcionalidade dentro da Casa. Quem terá este maior peso é o que reunirá os trabalhistas e socialistas. 
 
O alvo principal são as três comissões permanentes mais importantes: a de Constituição e Justiça, a de Orçamento e Finanças e a de Serviços Públicos, sendo esta última presidida pela oposição. A correlação de forças nas comissões está em três assentos para o governo e dois para a oposição; os governistas querem que ela seja de quatro por um. 
 
Outro alvo é a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Energia. Composta por sete deputados, a CPI teria duas cadeiras com o PT e o PCdoB, mais o independente MDB. Com os blocos, o governo - que é contra as investigações - quer reduzir o poder de atuação dos oposicionistas - autores da proposta.
 
Para o líder do PCdoB, Edvaldo Magalhães, esta regra não tem validade pois o que vale na composição da CPI era a proporcionalidade vigente no momento de leitura do requerimento da CPI, ocorrida na terça-feira da semana passada.