Os deputados estaduais rejeitaram por 17 votos o requerimento de autoria da deputada Michelle Melo (PDT) que pedia a presença do secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal, dos representantes da Medtrauma, da Controladoria Geral da União (CGU), do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério Público Estadual (MPAC) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE/AC). A ideia era ouvir a todos envolvidos na investigação que apura superfaturamento nos contratos da Medtrauma.
O deputado Edvaldo Magalhães votou pela aprovação do requerimento. Disse que a atitude de rejeitar o pedido de Michelle não engrandece o parlamento. Ele destacou que o tema seguirá sendo debatido. Afirmou que a Medtrauma ainda vai traumatizar a política do Acre.
“Estamos diante de um escândalo de larga proporção. Estamos diante de um trabalho feito pela CGU que afirma que o contrato da Medtrauma é superfaturado. Estamos diante de um escândalo, que a Prefeitura de Cuiabá cancelou o contrato. O governo de Mato Grosso e de Roraima cancelaram a carona. É uma carona superfaturada. Mas o dono da carona diz que está tudo certo”, lamentou Edvaldo Magalhães.
O deputado Pedro Longo saiu em defesa do governo do Acre. Disse que não há nada escondido. “Como nós vamos convocar a Controladoria Geral da União? Não faz sentido. O secretário veio aqui, prestou informações. Ficou horas aqui prestando informações. Não tem absolutamente nada escondido. O Tribunal de Contas abriu investigação, vamos aguardar. O Ministério Público a mesma coisa. Vamos aguardar. Tem que ter muita responsabilidade com esse tema. Não rompe o contrato de uma hora para outra. Suspender pagamento é a mesma coisa que romper contrato”, disse Pedro Longo.
“Nem o contrato da Medtrauma a gente teve contato aqui na Assembleia. A Assembleia silenciou até a cópia do contrato. A Medtrauma está forte no Estado”, disse Michelle Melo ao protestar contra a rejeição do requerimento dela que solicitava a cópia do contrato entre a Medtrauma e Sesacre (Secretaria de Estado de Saúde).