Em meio a um evento com lideranças evangélicas realizado na manhã desta sexta-feira, 17, em Rio Branco, o senador Márcio Bittar (PL) fez questão de enfatizar que a presença da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) no encontro não teve conotação político-partidária. Segundo ele, o convite foi feito em caráter pessoal, motivado pela admiração que ele e sua esposa, Thais, têm pelo trabalho da colega de parlamento.
“Na verdade, foi um convite. Essa vinda da senadora Damares é uma coisa de amigos, não é uma coisa política-partidária”, disse o senador, que ressaltou ter se impressionado com uma palestra assistida por ele e Thais em Portugal, ministrada por Damares. “Foi um convite de um casal para que ela viesse aqui falar daquilo que falou lá em Portugal”, explicou.
Apesar da presença de políticos e do simbolismo que um evento com lideranças religiosas pode carregar em um ano pré-eleitoral, Bittar tentou afastar qualquer leitura de campanha antecipada.
“Qualquer político que viesse aqui hoje seria bem-vindo. Não foi convidado nenhum político em especial”, reforçou. A ausência do deputado federal Roberto Duarte (Republicanos), por exemplo, foi comentada pelo senador, que disse não ter feito convites seletivos: “Se você convida um, por que não convida todos?”.
A própria senadora Damares também falou durante o encontro, enfatizando seu papel pastoral no evento: “Quem está hoje no Acre não é a senadora Damares. Estou com a igreja aqui. Estou com o meu povo. Todos são bem-vindos para estarem comigo hoje à noite”.
Apesar disso, Damares declarou apoio explícito à reeleição de Márcio Bittar ao Senado: “É o meu candidato a senador aqui, sim”. A declaração, ainda que feita no contexto de uma reunião religiosa, reforça os laços políticos entre os dois parlamentares e sua base conservadora.
Bittar também aproveitou para reiterar sua lealdade ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem atribuiu a "coragem de tirar do armário os conservadores do Brasil". “Ninguém pagou mais do que ele está pagando”, disse o senador, ao listar os desafios enfrentados por Bolsonaro desde o atentado sofrido em 2018 até as atuais investigações que o cercam.