O senador Márcio Bittar (UB) usou suas redes sociais nesta segunda-feira (6) para questionar o investimento público no show de Madonna no Rio de Janeiro em meio a catástrofe no Rio Grande do Sul.
O parlamentar disse não ser contra quem gosta da artista, mas fica chocado ao saber que houve dinheiro público para patrocinar um evento “repleto de promiscuidade”.
Bittar questionou as políticas de contenção de desastres e de meio ambiente de ativistas e artistas internacionais que se autodenominam defensores das causas ambientais.
“Não tenho nada contra quem gosta, idolatra uma cantora como a Madonna. Agora, gastar dinheiro público num show repleto de promiscuidade, quando o Rio Grande do Sul sangra, milhares de pessoas, muitas morreram, muitas estão sem um teto e ao mesmo tempo o poder público investir num show de uma estrela internacional, isso me choca. Quem é que está ajudando mesmo as famílias no Rio Grande do Sul? Governo muito pouco, são as pessoas, são os motoristas de caminhão, empresários, a própria comunidade é que está socorrendo esse desastre. Em 1941 já aconteceu algo igual ou até mais, e aí eu pergunto, essas personalidades, ministros do Meio Ambiente, artistas internacionais que se dizem preocupados o que fizeram nas últimas décadas com o poder que tem para evitar catástrofes que se repetem, como agora no Rio Grande do Sul. É muita conversa, muita hipocrisia e pouca ação.”
O cachê de Madonna e os custos do show
O cachê de Madonna para a apresentação foi de R$ 17,1 milhões.
O custo total do show foi de R$ 59,9 milhões.
A prefeitura e o governo do Estado do Rio investiram R$ 10 milhões cada para a realização do evento. O Banco Itaú foi o patrocinador master do evento, que também contou com as marcas Heineken e Deezer.