O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, assinou na tarde desta quinta-feira, 23, um Decreto de Emergência em Saúde Pública devido ao surto de arboviroses na Capital acreana. A medida, que visa combater a crescente disseminação de doenças como dengue, zika e chikungunya, foi formalizada durante uma cerimônia no gabinete do prefeito.
O Decreto autoriza a mobilização de recursos e equipes para intensificar as ações de prevenção e controle das arboviroses na cidade, que nos últimos meses tem enfrentado um aumento significativo no número de casos. As autoridades de saúde locais alertam para a necessidade urgente de medidas como a eliminação de focos do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, e o fortalecimento das campanhas educativas sobre prevenção.
“Essa é uma medida necessária para garantir a saúde da nossa população. Sabemos que a situação é grave e precisamos unir forças para combater de forma rápida e eficaz as arboviroses. O decreto, com duração inicial de 90 dias, permite que possamos intensificar os esforços no enfrentamento das síndromes febris e melhorar a imunidade de saúde pública", enfatizou Bocalom durante a assinatura do decreto.
O chefe do Executivo também destacou a importância da colaboração da população na eliminação de focos do mosquito, como a limpeza de terrenos baldios e a correta destinação de resíduos domésticos.
Além da intensificação de ações de fiscalização e controle, o Decreto de Emergência também prevê o reforço no atendimento nas unidades de saúde, com a disponibilização de mais profissionais e medicamentos para o tratamento das doenças.
O secretário de Saúde, Renan Biths, informou que já foram registrados 800 casos notificados de dengue em 2025, com um aumento preocupante nas últimas semanas. Segundo o gestor, apesar dos esforços para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, o número de notificações tem crescido, o que exige uma resposta mais ágil e efetiva por parte das autoridades de Saúde.
"Esse decreto possibilita uma resposta mais rápida e eficiente para a população. Caso necessário, ele poderá ser prorrogado por mais 90 dias após o período inicial, a fim de garantir o controle da situação", afirmou o secretário. Biths também destacou que o índice de infestação predial, que mede a quantidade de imóveis com focos do mosquito, chegou a 10,3%.
Esse dado significa que, a cada dez casas visitadas, pelo menos uma apresenta condições propícias para a reprodução do Aedes aegypti. Para o secretário, esse índice é alarmante, uma vez que acima de 3,2% há grande risco de epidemia.