Os vereadores de Rio Branco deram 30 dias para o prefeito Tião Bocalom apresentar as cópias de todos os pagamentos feitos pela Secretaria Municipal de Zeladoria da Cidade (SMZC) ao Cemitério Morada da Paz. O requerimento pedindo informações foi aprovado, por maioria de votos, nesta quinta-feira, dia 18.
Segundo apurado pelo autor do requerimento, O Cemitério Morada da Paz recebe, mensalmente, uma média de R$ 170 mil referente às taxas de manutenção dos jagizos, num total de 7,4 mil., estando estes ou não ocupados. Os túmulos são ocupados por até cinco anos por corpos de pessoas que morrem e as famílias não pode pagar pelo jazigo.
Além disso, segundo o vereador Fábio Araújo (PDT), por cada sepultamento, o cemitério recebe R$ 100,72. Outro valor é referente às exumações, o qual chega a R$ 100,72, cada procedimento. O contrato milionário entrou na mira dos vereadores, que aprovaram, por maioria de votos, o requerimento de documentos, após pedido de Araújo.
Segundo a denúncia, a Zeladoria não fiscaliza a consistência, integralidade ou autenticidade das guias de sepultamento e certidões do óbito, realizando os pagamentos mensais à empresa sem fiscalização documental dos serviços funerários pagos à Morada da Paz. O parlamentar questionou que há indícios de que a Zeladoria não sabe quantos jazigos estão ocupados ou quantos estão vazios/disponíveis, o que é estranho porque por cada jazigo (ocupado ou vazio) a Zeladoria paga R$20,35 só para fazer uma pequena roçagem na superfície.
O benefício do auxílio funerário é concedido pela SASDH, entretanto, cabe à Zeladoria realizar a fiscalização da documentação fúnebre, como guias de sepultamento, certidão de óbitos, verificação se o beneficiário está devidamente cadastrado em algum programa social. A SASDH é a porta de entrada do benefício, mas quem paga a fatura é a Zeladoria.