O prefeito eleito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), vai manter o subsídio de R$ 1,00 atualmente pago por cada passagem de ônibus utilizada pelos alunos da rede pública de ensino na capital acreana. Além disso, vai zerar a passagem de ônibus aos alunos da rede municipal, que cursam até o quinto ano do ensino fundamental.
A gratuidade pensada pelo progressista deve atingir cerca de 20 mil matriculados na rede municipal, tendo em vista que o município ainda não é o responsável por todo o ensino fundamental, tendo o estado a maioria das instituições de ensino. Aos alunos dos demais níveis, Bocalom garantirá a passagem a R$ 1,00.
Em conversa com o portal Notícias da Hora, o prefeito eleito alega que e nenhum momento afirmou que tiraria um direito já permitido em lei e garantido por meio de decreto governamental. Muito pelo contrário, revelou que pretendia garantir, a custo zero, o transporte das crianças que estudam na rede municipal.
A polêmica em torno do assunto se arrasta desde a semana passada, quando após um entrevista, ecoou a informação de que Bocalom acabaria com o subsídio e daria passagem gratuita apenas para que está matriculado nas escoladas coordenadas pela Secretaria Municipal de Educação (Seme).
“Aonde é que está escrito, na entrevista, que eu vou tirar o subsídio que já existe? Hoje os alunos ainda pagam um real, cada um. Se eles ainda pagam um real, eu disse que os alunos que pertencem à rede municipal de ensino, a prefeitura vai bancar esse um real [e zerar o valor da passagem para ele]”, assinala o prefeito eleito.
Segundo Bocalom, a medida que ele quer tomar ao assumir a prefeitura é nada mais, na menos, que cumprir o que diz a legislação federal. “O transporte escolar tem que ser gratuito, é o que diz a lei. E eu vou fazer isso, porque é a obrigação do prefeito fazer. O município banca os dele, e o Estado poderá bancar os deles”, Justificou.
Em entrevista à imprensa nesta semana, o governador Gladson Cameli, questionado sobre a polêmica, afirmou que se for preciso vai bancar, com recursos do Estado, o R$ 1,00 de diferença na passagem, mantendo o valor em R$ 1,00 para os estud\ntes da rede estadual que usam o transporte coletivo de Rio Branco.
Acontece que diferente do que muitos pensam, acreditam que a passagem também ficaria na gratuidade para estudantes da rede estadual, isso não acontecerá. Gladson Cameli só vai pagar a diferença de Bocalom acabar com o subsídio, ou seja, dessa forma seria mantida a passagem a R$ 1,00, como é atualmente.
Tião Bocalom, que assume o posto de prefeito no dia 1º de janeiro, reafirma o que pretende fazer: “Se os demais alunos da rede estadual seguem pagando [R$ 1,00], eu disse que se o estado quiser pagar [o outro um real], ele pode pagar, e zerar a passagem para eles também. A minha responsabilidade será com os alunos do município”, completa.