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POLÍTICA

Bolsonaro pediu à Petrobras redução nos combustíveis, diz jornal O Estado de S. Paulo

Bolsonaro pediu à Petrobras redução nos combustíveis, diz jornal O Estado de S. Paulo

Por mensagem, presidente teria pressionado Roberto Castelo Branco segurar preços em meio ao reajuste do barril de petróleo no mercado internacional

O presidente Jair Bolsonaro (PL) teria pressionado a presidência da Petrobras a segurar os preços dos combustíveis em 2021, em meio as fortes altas praticadas pela estatal. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo. 

Segundo a publicação, Bolsonaro enviou uma mensagem ao ex-presidente da estatal, Roberto Castello Branco, para segurar os valores.

"Recuem", teria dito o presidente da República à Castello Branco. Na época, Bolsonaro negou uma tentativa de interferência na estatal. 

Em seguida o presidente foi enfático ao criticar a postura da empresa no anúncio do reajuste. "Assim vcs querem me derrubar", afirmou. 

Semanas após a troca de mensagens, Bolsonaro demitiu Roberto Castello Branco do comando da estatal. Em entrevista ao Roda Vida, da TV Cultura, Castelo Branco admitiu as pressões de Bolsonaro sobre o preço dos combustíveis. 

O substituto na petroleira, Joaquim Silva e Luna, também foi vítima de pressão do Palácio do Planalto para segurar o preço dos combustíveis. Segundo o Estadão, Bolsonaro teria enviado uma mensagem para Silva e Luna afirmando que a Petrobras "tem que ser uma empresa que dê lucro não muito alto".

Em 2021, a estatal anunciou o lucro de R$ 106 bilhões. O valor é um recorde registrado pela empresa. 

A chegada de Silva e Luna, no entanto, não satisfez Bolsonaro para segurar os valores dos combustíveis. Nos últimos meses, a Petrobras manteve sua política de reajuste e foi a principal responsável pela alta inflacionária do país. 

A pressão para reduzir os preços em meio à baixa popularidade para as eleições deste ano fez Bolsonaro demitir Silva e Luna. A indicação de José Mauro Ferreira Coelho deve ser votado nesta quarta-feira (13) pelo conselho de administração da estatal. 

O presidente Jair Bolsonaro, o Palácio do Planalto e a Petrobras ainda não se pronunciaram sobre as denúncias de interferência.