A Câmara de Vereadores de Rio Branco (CMRB) aprovou nesta quinta-feira, 09, por 10 a 2, o Projeto de Lei Complementar (PLC) que dispõe sobre abertura de crédito suplementar por superávit, em favor da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), com objetivo de abrir credito de R$ 6,1 milhões ao orçamento.
O recurso de R$ 6,1 milhões será usado para investimentos em mosquiteiros impregnados de Longa Duração (MILD). Os únicos que votaram contra foi os vereadores Emerson Jarude (MDB) e Hildegard Pascoal (União Brasil)
Segundo o Executivo, a compra dos mosquiteiros tem objetivo de atender a população rural e ribeirinha de Rio Branco representa em torno de 10,2% da população do município, residentes em localidades que apresentam grandes dificuldades de acesso aos serviços de
saúde, em virtude das barreiras sociais e geográficas.
O vereador Emerson Jarude (MDB) usou a Tribuna da Câmara de Rio Branco (CMRB) para criticar os valores para a compra dos mosqueteiros. O parlamentar apontou um sobrepreço no valor da aquisição dos mosquiteiros.
“Compra de mosqueteiros por 6 milhões de reais – 10 mil mosqueteiros tipo rede e 30mil tipo cama. R$ 154 reais num mosqueteiro, tem que ter responsabilidade com o dinheiro público, com o meu voto não vai contar”, afirmou.
O líder do prefeito no parlamento-mirim, Raimundo Castro, saiu em defesa do valor da compra e ironizou o oposicionista. “Os mosqueteiros são impregnados de inseticida que além de não deixar o mosquito passar e ainda mata o inseto, e a validade deles é de 5 anos, se você conseguir comprovar que esses mosqueteiros você consegue comprar por 13 reais eu bato palmas pra você”, afirmou.
“Esta casa não autorizou compra, não fez licitação, vereador Jarude confesso que até gostaria de acompanhar sua fiscalização, mas desde de que vossa excelência preços do material que foi licitado e não de um objeto que não corresponde ao que está no processo, o mosquiteiro de renda que o senhor apresentou aqui não é o que foi licitado. Se o processo final tiver algum erro, serei o primeiro a chegar aqui e pedir a revogação do contrato para o Executivo”, afirmou o relator do PLC, Fábio Araújo (PDT).
O líder do PSB na Câmara, Raimundo Neném, ironizou as falas de denúncia e afirmou que a pesquisa de Jarude não corresponde à atual realidade econômica do país.
“Se houver alguma irregularidade os órgãos competentes vão apurar e ver se existe superfaturamento. Com todo respeito ao vereador Jarude, sua pesquisa não corresponde à realidade de hoje, em 2018 a gasolina era 3,10, tudo aumentou. Vou votar confiando na gestão do prefeito Tião Bocalom, homem sério honesto e competente”, afirmou.