Descaso com dinheiro público, assim pode ser considerado o abandono de uma caminhonete, modelo Toyota Hilux, de propriedade da Prefeitura de Jordão, interior do Acre. O veículo está há mais de sete meses parado às margens do Ramal da Integração, que dá acesso à Comunidade Novo Porto, no Rio Muru.
O ex-prefeito de Jordão, Elson Farias, esteve nesta sexta-feira (21) no local em que o veículo foi abandonado pela gestão do prefeito Naudo Ribeiro (PDT). Farias fez um relato da situação e lamentou que o veículo, que custou mais de R$ 200 mil, tenha sido literalmente descartado em meio à floresta.
“Aqui a gente está vendo o descaso com o patrimônio público. Esse carro ficou aqui no verão passado, que poderia estar muito bem servindo à comunidade jordanense, lá trabalhando, puxando as coisas para o povo. E, hoje, você vê o emprego do dinheiro público jogado no meio da floresta por falta de um cuidado, de uma atenção por parte de quem é para cuidar. É triste e é lastimável ver o quanto é difícil chegar um carro desse no Jordão e ver as condições que ele se encontra. Dá para ver que, infelizmente, não se tem responsabilidade com que é alheio. Nós estamos aqui presenciando isso, triste”, disse Elson Farias.
O ex-gestor também falou a respeito da precariedade do Ramal da Integração, que liga à cidade de Jordão à Comunidade Novo Porto. Ele disse que quando prefeito, sempre teve a preocupação de manter a trafegabilidade. Elson Farias defendeu a melhorias na pista de pousos e decolagem existe na Comunidade.
“Não está fácil chegar ao Novo Porto. Eu imagino se tivesse uma emergência, se tivesse uma necessidade de uma urgência naquela comunidade, como faria? O Rio está muito raso. O deslocamento do Novo Porto para Tarauacá leva em média três dias. E se for uma emergência, as pessoas, infelizmente morre. E se for pelo ramal, infelizmente intrafegável. Estamos hoje, 21 de junho, e estamos com essa dificuldade imensa. Acredito que é preciso um olhar diferente para àquela comunidade, no sentido de ter um melhoramento da pista de pouso que tinha lá, para que possa atender uma necessidade dessa. Andando ao longo do ramal, vendo essa dificuldade, imaginei uma emergência aqui”, disse preocupado Elson Farias