No podcast Papo Informal desta quinta-feira, 4, Francisco Nepomuceno — o Carioca, ex-estrategista dos governos petistas no Acre — voltou a analisar os fatores que contribuíram para a derrocada da Frente Popular em 2018 e refletiu sobre as alianças que começam a se desenhar para as eleições de 2026.
A tônica da fala foi clara: unidade interna é o elemento central para qualquer grupo político que queira disputar o poder.
“Se você perguntar o que é fundamental em política, sobretudo quando você tem uma aliança ampla como nós tínhamos, é a unidade interna”, afirmou. Segundo ele, o PT entrou no pleito de 2018 mais fragmentado do que em disputas anteriores — e isso teve impacto direto na perda de competitividade.
“Em 2018, não havia a mesma unidade”: o início das rachaduras
Carioca reconheceu que a Frente Popular já não mantinha, naquele ano, a coesão que marcou suas vitórias ao longo de duas décadas. “Em 18, a gente não tinha uma unidade tão forte como nas eleições passadas. Isso é um fato”, disse.
Para ele, alianças amplas precisam de alinhamento interno sólido para sobreviver — especialmente em um estado onde, segundo ele próprio já afirmou em outras entrevistas, a máquina pública é um ativo importante, mas não suficiente para garantir vitória.
Carioca ressaltou que a coesão interna para o pleito do próximo ano será decisiva para qualquer candidatura competitiva. “A unidade interna é fundamental para haver competitividade. Por mais que você tenha a máquina do governo na mão, se não houver unidade, isso precariza muito”, afirmou.
