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POLÍTICA

Carioca quebra o silêncio e diz que MDB foi o Partido que mais cresceu; sobre o PT ele afirma que o partido lançará mão de um nome experiente

Carioca quebra o silêncio e diz que MDB foi o Partido que mais cresceu; sobre o PT ele afirma que o partido lançará mão de um nome experiente

Uma das mentes mais inteligentes e articuladoras do Partido dos Trabalhadores quebrou o silêncio nesta quarta-feira (22) e fez uma análise da conjuntura política firmada até o momento. Francisco Nepomuceno, o Carioca, disse que o MDB foi o Partido que mais se destacou no que tange a articulação para disputar as eleições de outubro. Pela experiência política, Carioca arrisca uma candidatura em 2022 do senador Márcio Bittar (MDB/AC) ao governo acreano.

“A meu ver quem mais se fortaleceu nesse primeiro momento foi o MDB. A filiação de vários pré-candidatos a prefeito indica que o velho MDB vai disputar pra valer na maioria das cidades e como desdobramento natural da disputa de 2020, está condenado a ter um candidato a governador competitivo em 2022. Por ter um mandato de 8 anos e ser a liderança mais conhecida, o senador Márcio Bittar me parece sair na frente na futura indicação do partido. O que mais pesa contra ele, além da sua proverbial incapacidade para formar grupo e fidelizar aliados, é a ambição de alguns que tende a crescer com a expectativa de poder gerada pelo partido”, disse o professor universitário.

Conhecido como mão de ferro, Carioca não se eximiu de comentar a postura de alguns ex-petistas que deixaram o Partido dos Trabalhadores assim que partido perdeu o governo do Acre em 2018. Segundo ele, é melhor estar com que demonstram qualidade que estar com os que são levados pelas primeiras ventanias. E ao final faz um alerta, demonstra que o Partido dos Trabalhadores pode voltar ao poder a qualquer momento.

“Me resigno a não comentar sobre cada um dos ex companheiros que ousaram somar com os maiores protagonistas do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. Mas não deixaria de alertar sobre o que aprendi nesse quase um quarto de século (4 anos na prefeitura e 20 anos no governo do Estado) assessorando líderes, no afã de obter poder as vezes confundimos crescer com inchar, musculatura com gordura e só no final, percebemos que vale mais ficar com os que teimam em não se render. Esses, são diferentes dos que correm ao som do primeiro trovão imaginando um dilúvio iminente. Cuidado, as vezes a chuva não é tão forte como prenunciada”, destaca.

 

Ao comentar propriamente a respeito do governo Gladson Cameli, ele menciona a relação conflituosa entre Cameli e seu vice, Major Rocha (PSDB). Diz que Rocha aumentou seu feudo partidário ao longo de um ano e três meses de mandato, ultrapassando o governador Gladson Cameli em crescimento partidário e articulação.

 

“O vice governador fez crescer seu partido tanto quanto o governador ou mais. Esse fato já denuncia o caráter anêmico do titular. Só um líder fraco ou muito mal assessorado, me parece ser as duas coisas, permite o protagonismo do vice. Um vice protagonista não serve para governo nenhum, nem à esquerda nem à direita”, frisa.

Quanto ao PT disputar a Prefeitura de Rio Branco, Nepomuceno deixa nas entrelinhas que o Partido vai lançar alguém experiente. Nesta semana, o ex-senador Jorge Viana deu a entender que o ex-governador Binho Marques será a bala na agulha do Partido para disputar o pleito.

“O cenário acima me autoriza dizer que cada vez mais estamos diante de um quadro que demandará a eleição de líderes que comprovadamente demonstrem capacidade de resolver. Com criatividade, ousadia, experiência. Fazer em período de bonança é comum e banal pois tarefa para qualquer um, mas diante da escassez anunciada é recomendável agir com cautela, ser seletivo por assim dizer, pois é tarefa para quem já provou que sabe fazer acontecer. Por tudo isso a direção do PT e suas principais lideranças acertaram em deliberar em favor de lançar candidato em Rio Branco em 2020, independente do inédito e desdenhoso silêncio que o PT recebeu como resposta. Como diria Bertold Brecht “primeiro é preciso mudar o mundo, depois é preciso mudar o mundo mudado”. Nos aguardem”, encerra o dirigente.