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POLÍTICA

Carta anônima com "feedback sincero" ataca Jorge Viana e diretoria da Apex

Carta anônima com "feedback sincero" ataca Jorge Viana e diretoria da Apex

A agência é subordinada, desde o início da gestão Lula, ao Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, cujo titular é também o atual vice-presidente, Geraldo Alckmin

Uma carta anônima, em tom irônico, enviada na última quarta-feira (6) a todos os funcionários da Agência de Promoção de Exportações (Apex), continha críticas à diretoria-executiva do órgão, em especial ao presidente Jorge Viana e ao diretor de Gestão Corporativa, Floriano Pesaro.

O teor da carta, ao qual o portal CNN teve acesso, faz acusações aos dirigentes de usarem recursos da agência de maneira injustificada, de inflarem os próprios salários e de se ausentarem da gestão de suas equipes.

"O ano de 2023 está chegando ao fim, e após muitas decepções e chateações, é hora de fazer um pit-stop e dar um feedback sincero: a desenvolver (bastante) em 2024", diz o texto, logo nas primeiras linhas.

A agência passou a ser subordinada, desde o início da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior (Mdic), cujo titular é também o atual vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB).

O ministro tem proximidade com o presidente Lula. Por sua vez, Pesaro é próximo do vice-presidente. Desde o início do governo, a direção da Apex alterou parte de suas normas e regras operacionais.

Foram várias mudanças que, segundo a Apex, resultaram em ganho de eficiência. Entretanto, provocaram polêmica, por exemplo, o fato de diretores que residem fora de Brasília passarem a dispor de uma cota de passagens para viajarem para seus Estados. Ou ainda a eliminação da exigência de inglês fluente para o presidente do órgão.

Estas alterações nortearam parte dos ataques da carta. O texto diz que o ano "começou com a mão bem visível do Estado no estatuto da agência, para que um político fluente em companheirês pudesse assumir a presidência de um órgão eminentemente internacional".

Pesaro é citado na mensagem como o "diretor-viajante". A mensagem também busca causar constrangimento em Viana ao afirmar que ele teria proferido xingamentos ao vice-presidente da República em reuniões com funcionários.