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POLÍTICA

Cartão Avancard escancara de vez racha entre Rocha e Gladson e briga pode esfacelar base na Aleac

Cartão Avancard escancara de vez racha entre Rocha e Gladson e briga pode esfacelar base na Aleac

O vice-governador Major Rocha (PSL) parece mesmo rachado com o governador Gladson Cameli (Progressistas). Os dois travam mais uma política. Agora, o cartão Avancard e a Fênix Soft é o divisor de águas entre mandatário e vice. Rocha disse que são “lamentáveis as insinuações” do governador de que ele, Rocha, teria interesses no assunto.

“Lamentáveis as insinuações de que eu teria interesses obscuros, quando dos meus questionamentos ao assédio praticado pela empresa Fênix em desfavor dos servidores públicos. Meu interesse é proteger a parte mais frágil dessa relação contratual, os nossos servidores públicos. Entendo que essa preocupação deveria ser compartilhada por toda a equipe de governo mas, pelas reações, parece que o interesse é proteger a empresa e sua reserva de mercado”, disse o vice-governador.

Major Rocha questionou qaunto a Fênix Soft e a Prover Promoções vão lucrar com o contrato firmado com o governo do Acre. O que não sabem os dois é que o aprofundamento da crise terá fortes consequências em votações na Aleac, onde o assunto tem sido debatido exaustivamente. 

 

Veja a postagem de Rocha na íntegra

Lamentáveis as insinuações de que eu teria interesses obscuros, quando dos meus questionamentos ao assédio praticado pela empresa Fênix em desfavor dos servidores públicos.

Meu interesse é proteger a parte mais frágil dessa relação contratual, os nossos servidores públicos. Entendo que essa preocupação deveria ser compartilhada por toda a equipe de governo mas, pelas reações, parece que o interesse é proteger a empresa e sua reserva de mercado.

Também tenho interesse que as contratações, realizadas pelo poder público tenham transparência e preferencialmente se submetam a um processo licitatório. Coisa que ao que parece não ocorreu com a Fênix/Avancard. Mais duas preocupações que deveriam ser compartilhadas por toda a equipe de governo.

Penso que se há algum interesse obscuro ele passa longe de alguém que quer transparência e proteção dos interesses dos servidores públicos. Se há algum interesse obscuro, e acredito que até pode haver, encontraremos ele em quem escolheu essa ou aquela empresa, em quem celebrou o trato ou destrato. É sempre bom lembrar que a falta de transparência, como ocorreu nesse caso, pode levantar suspeitas sobre como se deram as tratativas.

Seria muito interessante saber quais as vantagens dessa empresa para o servidor e para o poder público. Ou será que as vantagens são uma exclusividade da Fênix/Avancard? Quanto a empresa vai lucrar com os juros exorbitantes que cobra? Quantos empregos ela gera no Acre, visto que até o telemarketing é de São Paulo? Quem vai responder esses questionamentos, o Governo ou a empresa?

Enquanto isso as mensagens SMS chegaram mais uma vez ao meu telefone.

Certamente a insistência se da pelo fato de estarmos passando por período de pandemia. Nesse período, o comércio esteve fechado, muitos empresários faliram, o dinheiro não circulou, salvo os recursos oriundos do auxílio emergencial do Bolsonaro, mas as contas continuaram a bater na porta de muitos. Mas o que tem a ver com os servidores públicos? Muitos daqueles que são alvo da Avancard, possuíam uma atividade extra para complementar a renda ou tinha no cônjuge um auxílio para ajudar nas contas do mês. Muitos de nossos servidores públicos viram sua atividade extra acabar ou tiveram que segurar as contas do lar com a demissão do companheiro ou companheira, com as mortes de CPFs ou CNPJS devido a essa crise sanitária com a Covid-19.

Se para uns a crise é ruim, para outros abre-se um cenário de oportunidade. Pensando em "auxiliar" os servidores que precisam de empréstimo neste período difícil, a Avancard oferece-se como única opção de novos empréstimos, algo parecido com uma agiotagem oficializada.

Muitos ainda devem cair nessas ofertas "tentadoras" e quando perceberem poderão estar imersos em dívidas das quais será difícil sair.

Uma química interessante para o bolso dos proprietários da empresa que alia lucro certo através de juros astronômicos e descontados sem riscos da margem ampliada dos nossos servidores públicos. Por outro lado, sem alternativa de buscar na livre concorrência a possibilidade de crédito consignado em outras instituições financeiras, resta ao cliente/vítima a armadilha pronta.