Durante a sua participação no Papo Informal desta quinta-feira (11/9), a deputada federal Socorro Neri (UB/PP) disse que não motivo para defender a anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, em que manifestantes depredaram prédios da República, em Brasília, e por orquestrar uma trama golpista contra a democracia.
“O fato demonstrando neste conjunto de provas tão robusto é de que houve tentativa de dissolução do estado democrático de direito, de que houve uma organização criminosa praticada, tendo pessoas já identificadas e responsabilizadas por isso. Não há porque se falar em anistia, certamente não há porque se falar em anistia. Nós estaríamos dando uma péssima contribuição para a sociedade brasileira ao admitir que atos tão graves possam, na sequência, ser anistiados”, afirmou a deputada acreana.
Ela citou que o contexto da anistia aprovada em 1979 é bem diferente do atual. Naquela época, a anistia foi concedida a pessoas que estavam exiladas em outros países, que foram perseguidas pela ditadura militar.
“Nós já tivemos anistia no passado, a Lei da Anistia em 1979, para anistiar o que? Para anistiar quem estava fora do país, porque havia sido perseguido durante a ditadura militar e precisou então retornar o país com a reabertura democrática a partir de 1979. Mas, naquele contexto, também se anistiou quem não deveria ter sido anistiado, né? Porque se anistiou os torturadores, aqueles que perseguiram, aqueles que massacraram também as liberdades individuais e vidas das pessoas”, pontuou.