O provável embarque do vice-governador Major Rocha, atualmente filiado ao PSDB, nas fileiras do PSL, tem muito a render nos bastidores políticos do estado. Minoru Kinpara, do PSDB, que tem dificuldade para encontrar um vice, pode ter o braço direito vindo do liberal.
Em entrevista coletiva no escritório de apoio do vice-governador, Rocha pontuou que a possível filiação no PSL, conversada com o deputado federal Luciano Bivar, presidente nacional da sigla, tem o intuito de fortalecer a base política do partido e chegar em 2022 com força total.
“A ideia é que no caso de eu ir, é que o PSL cresça, e tenha seus candidatos. Rio Branco é uma situação diferente, na qual o grupo em que eu faço parte tem o candidato forte que está em primeiro em todas as pesquisas. Se o PSL quisesse somar na chapa com um vice, acho que seria uma ideia a se discutir”, comentou o tucano.
Rocha, que está sendo acusado de tentar assumir o comando do partido dando uma “rasteira” em Pedro Valério, atual líder da sigla no Acre, minimizou as críticas à conversa que teve com Bivar, e disse que foi o presidente nacional do partido que o convidou a compor a executiva do PSL.
“A conversa com o presidente nacional foi muito franca. A intenção não é dividir, espatifar o partido, mas fortalecer. Muitos que nos acompanham vão migrar para essa sigla. Hoje, em contato com uma das pré-candidatas, ela me disse que assim que eu me filiasse, ela iria”, completa.
O vice-governador do Acre, contudo, diz que pediu uma semana para decidir, junto aos correligionários, se fará ou não a migração partidária. “Não é uma coisa fácil, sair da casa em que você está há mais de 12 anos. Eu pedi uma semana para que nós pudéssemos conversar. Em caso de se decidir filiar ao PSL, a filiação será imediata”, pontua o vice-governador acreano.