Os deputados estaduais saíram em defesa dos policiais militares e bombeiros militares que estiveram na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (12). Eles solicitam reajuste salarial. As duas categorias estão há mais de 10 anos sem reajustes.
O primeiro a falar foi o deputado Emerson Jarude (Novo). Ele disse que dinheiro tem, o que acontece é que o governo não prioriza os servidores públicos. Jarude citou que mais de R$ 2 milhões serão gastos em voos de jatinhos, contratados pela Secretaria de Estado de Esportes.
“Nós temos militares há quase uma década não tem o reajuste dos seus salários. Como é que um Estado desse vai dar certo? Eu tenho certeza que de elogios ninguém sobrevive. E preciso valorizar na prática. No período eleitoral tudo é possível, tudo será feito, mas na prática a realidade é outra. Percebam que o problema do governo do Estado do Acre não é dinheiro”, disse o representante do Novo.
Já o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) afirmou que as discussões devem acontecer agora, para quando se abrir a folga fiscal, as negociações estarem encaminhadas. Ele defendeu a atualização dos estatutos das duas corporações.
“Não interessa à Policiai Militar e ao Corpo de Bombeiros uma discussão de percentual, porque se for discutir percentual, vem o velho golpe. É só lembrar dos 5% a cada tempo não acumulativos, que sequer repõe a inflação do período anterior. O que vai fazer justiça salarial tanto a Polícia Militar quanto ao Corpo de Bombeiros é a famosa reestruturação do PCCR, aliás a reestruturação do Estatuto. Como fazer isso? Vocês não podem cair mais uma vez no velho golpe, que é o golpe da Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse Edvaldo Magalhães.
O deputado Gene Diniz, que é militar da reserva, disse esperar que o governo tenha “sensibilidade” e conceda o aumento ainda este ano. “As pautas dos militares são várias, mas a principal é essa: aumento salarial. Há muito tempo que os militares não recebem um salário digno. Há dez anos que não tem um aumento de salário e isso é inconcebível. Eu acho que a gente tem que conversar com o governo e andar muito para melhorar os salários dos militares”.