Com a pauta trancada por conta de quatro vetos que precisam ser analisados, os deputados estaduais deixaram para a próxima terça-feira (2) a análise do projeto de lei que extingue o Instituto de Gestão de Saúde do Acre (Igesac). A informação foi dada pelo líder do governo, deputado Pedro Longo (PV), ao final da sessão de hoje, 25.
“Na próxima terça-feira, deve se reunir as comissões, aprova o texto-base e já leva pra plenário. A gente precisa destravar a pauta para entrar no mérito das questões”, disse o líder governista.
Nos bastidores da Aleac, a informação que circula é que há um atrito entre os integrantes da base do governo. Ontem, os deputados Gehlen Diniz (PP), Chico Viga (Podemos) e Whendy Lima (PSL) foram duros em seus discursos contra o governo. Rechaçaram a possibilidade de secretários estarem em campanha eleitoral, usando os cargos. Gehlen chegou a pedir a saída do diretor-presidente do Deracre, Petrônio Antunes.
Ao ser questionado sobre isso, Pedro Longo preferiu não polemizar o assunto e disse que essa ‘guerra’ entre deputados e secretários que almejam uma vaga na Assembleia não é de hoje, vem de governos passados, o que é normal no ambiente político.
“Ocorreu um mal-estar na entrega das ambulâncias, houve uma falha do cerimonial, não foi passada a palavra aos deputados e isso provocou um certo constrangimento, mas está sendo superado. Faz parte. Os deputados mandam o recado e o governo entende o recado também. Isso está sendo regularizado este diálogo, essa interlocução. Mas, da minha parte eu tenho mantido o diálogo tranquilo com todos os colegas da base. Na base não tem nenhum problema não. Algumas diferenças que existem por essa questão que eu mencionei e por secretários que estão se apresentando como candidatos. Por esse ruído, mas não é um ruído desse governo”, disse Pedro Longo.
Ainda de acordo com Pedro Longo, o governador Gladson Cameli vai definir um prazo para que secretários que quiserem ser candidatos, deixem os cargos. “Nós achamos justos e vamos apoiar essa solução também”, pontuou.