Após a “reforma da reforma administrativa” enviada pelo governo Gladson e da instalação da CPI da Energisa, um dos temas que mais chamaram a atenção na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta quarta-feira, 15, foi o corte de recursos do Lar dos Vicentinos em Cruzeiro do Sul, que seria realizado pelo Palácio Rio Branco. A medida poderia levar ao fechamento da casa de acolhimento administrado pela Igreja Católica.
De acordo com Edvaldo Magalhães (PCdoB), o primeiro deputado a tratar do tema na sessão, o governo tinha como proposta reduzir em 15% o repasse das verbas do Lar dos Vicentinos, de um montante pouco superior a R$ 17 mil, além de retirar os profissionais fisioterapeutas que fazem o tratamento dos idosos.
Segundo o deputado, grande parte da estrutura hoje disponibilizada pelo Lar dos Vicentinos em Cruzeiro do Sul foi construída pela diocese da cidade, responsável por sua manutenção. Edvaldo Magalhães pediu a intervenção do presidente da Assembleia Legislativa, Nicolau Júnior (PP), para que intervisse junto ao governo e à Secretaria de Saúde para que o corte dos recursos não ocorresse.
As críticas sobre a medida foram reforçadas por outros deputados com base eleitoral no Juruá, como o primeiro-secretário, Luiz Gonzaga (PSDB), e Antônia Sales (MDB), ambos membros da bancada de apoio ao governo.
“Dois meses são do governo do PT, mas já estamos no quinto mês do governador Gladson Cameli e eles estão lá sem receber, quase fechando o Lar dos Vicentinos, que é uma instituição que acolhe os velhinhos de nossa cidade. Infelizmente eu tentei falar com o secretário, ele não me retornou. Inclusive o presidente da Casa é testemunha disso que tentou falar com ele também”, disse Luiz Gonzaga.
Após as críticas e a intervenção do presidente da Casa, o próprio Nicolau informou que o governo se comprometeu a não passar a tesoura nos já escassos recursos do Lar dos Vicentinos de Cruzeiro do Sul.