O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL) reuniu a imprensa em coletiva na tarde desta terça-feira, 26, onde prestou contas dos trabalhos realizados nos 11 abrigos mantidos pelo Poder Publico municipal na assistência humanitária às famílias atingidas pela cheia do Rio Acre.
A coletiva aconteceu no Parque de Exposições Wildy Viana e contou com a participação de secretários, diretores e parte do pessoal de apoio que trabalhou diretamente na assistência aos desabrigados. Na ocasião, Bocalom agradeceu a todos os secretários e elogiou a forma como os trabalhos foram conduzidos.
O prefeito ressaltou ainda que não precisou posar para fotos dentro d’água e/ou entregando sacolões para mostrar que estava ajudando as milhares de famílias mantidas nos abrigos. O gestor disse ainda que não é demagogo e nem se aproveitou do momento difícil que as pessoas estavam passando para fazer politicagem.
“Eu não sou demagogo, não tirei foto dentro d’agua, terei num barco, mas na água não e nem entregando os sacolões, e nem acho que eu devo fazer isso, o que temos que fazer é arrumar o dinheiro para comprar os produtos. Aí cada trabalhador, cada secretário que a gente tem na prefeitura vai lá e entrega, mas, eu não”, declarou Bocalom justificando ainda que “Não quero aproveitar daquele momento difícil das pessoas para olhar para a cara delas e dizer tipo assim: ‘olha, eu estou te dando sacolão, depois não esquece de mim, não. Não vou fazer isso nunca. Eu quero que o voto seja a coisa mais natural do mundo. Jamais vou pressionar alguém, porque tudo o que a gente faz na prefeitura é independente se o cara é eleitor de A ou B. Não interessa. É um ser humano que está ali precisando”.
Foram pouco mais de 30 dias de intensas atividades que envolveu toda a estrutura da gestão municipal e todas as secretarias, onde cerca de 500 servidores se reversavam no atendimento às mais de 4 mil pessoas que receberam toda a assistência necessária.
Ao todo foram construídos 935 boxes para abrigar as famílias e outros mais 235 boxes para abrigar os animais de estimação, totalizando algo em torno de R$ 35 milhões gastos com todas as despesas, de recursos próprios da municipalidade.
Boa parte desse recurso custeou a construção e manutenção dos abrigos no Parque de Exposições, onde foram abrigadas mais de 3 mil pessoas.
As famílias que tiveram suas casas interditadas ou de qualquer forma não puderam voltar para suas residências foram cadastradas no programa de aluguel social da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Sasdh). Além do parque, dez escolas também serviram como abrigo. As últimas famílias que estavam no Parque de Exposições deixaram o local no último sábado, 23.
Os recursos enviados pelo governo federal serão empregados na segunda fase da assistência humanitária das famílias atingidas pela cheia. A ação, coordenada pela Defesa Civil, entregará alimentos e kits de higiene, além do mapeamento de áreas de risco para evitar perdas causadas por possíveis desmoronamentos, entre outras ações.