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POLÍTICA

Com estados fora da reforma, Gladson terá que propor mudanças na Previdência do Acre

Com estados fora da reforma, Gladson terá que propor mudanças na Previdência do Acre

Após a Câmara dos Deputados decidir que estados e municípios não seriam incluídos no texto da reforma da Previdência, o governador Gladson Cameli (PP) será obrigado a apresentar uma proposta com mudanças para as regras de aposentadoria do funcionalismo público estadual e, dessa forma, conter o atual déficit.

Com o número crescente de servidores se aposentando e menos pessoas contribuindo, o governo acreano - já há uns cinco anos - precisa tirar recursos do Tesouro estadual para fechar a folha de pagamento dos aposentados e pensionistas.

Atualmente, este repasse está na casa dos R$ 45 milhões por mês. Diante deste cenário, medidas são necessárias para evitar rombos ainda maiores nas contas do Estado, que hoje já compromete grande parte do orçamento com a folha de salários.

O problema é o desgaste político-eleitoral que uma reforma da previdência poderia causar, isso num estado em que os servidores públicos são uma das mais maiores forças políticas.

No final de 2018, a proposta de uma minirreforma chegou a ser discutida na Assembleia Legislativa, mas acabou engavetada. Nem o governo de Tião Viana (PT): às vésperas de deixar o Palácio Rio Branco, nem Gladson Cameli queriam assumir o ônus da proposta.

Diante do impasse, o deputado Jenilson Leite (PCdoB) pediu, à época, aos aliados petistas que retirassem o projeto da pauta de votações do Parlamento. A matéria previa uma contribuição suplementar por parte dos servidores para amenizar o atual déficit.

 

O parlamentar afirmava que o projeto precisava de mais discussões com os sindicatos dos servidores, o que não tinha ocorrido até então.

 

Durante os debates sobre a reforma da Previdência nacional, Cameli estava entre os governadores que defendiam a inclusão de estados e municípios no texto-base da Câmara. Se assim ocorresse, o progressista se livraria do grande abacaxi que seria trazer a questão para um plano local, o que tende a causar um grande embate e desgaste político.

 

O governo terá que iniciar o debate sobre uma possível reforma nestes meses que antecedem a eleição municipal de 2020, quando sua popularidade será colocada à prova nas 22 cidades acreanas.