Os deputados estaduais comentaram sobre o projeto de lei que visa terceirizar a Saúde do Acre. O primeiro a discursar contrário foi o deputado Roberto Duarte (MDB). A fala dele foi seguida pelo deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Fagner Calegário (PL).
Roberto Duarte disse que “tenho ouvido coisas ruins sobre a terceirização. A responsabilidade da Saúde é do Estado. Se este projeto vir para a Casa, nós vamos fazer uma análise e votar contrário”, disse o emedebista.
O líder da oposição, deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) acrescentou que o projeto não deu entrada na Casa ainda porque a sessão está sendo presidida pelo vice-presidente da Aleac, deputado Jenilson Leite (PSB), que certamente arquivaria o projeto. O presidente Nicolau Júnior (Progressistas) está como governador em exercício. Gladson está em Madrid, na COP-25 e Rocha em Brasília.
“Eu preciso, também dizer aqui, vocês sabem porque a matéria não está hoje na Casa? Porque quem está presidindo a sessão na Casa é o Jenilson. Ontem eu recebi mais de sete projetos de leis para serem votados. Mas, amanhã vai estar aqui o projeto da terceirização. Portanto, a mobilização dos servidores é fundamental para evitar mais um golpe. A maldade do governo foi diferenciada com os servidores da Saúde. Com os servidores da Saúde foi feito um coquetel especial, um bolo especial. Primeiro foi justiça para proibir a greve, depois reforma da previdência, e agora a privatização. Que se discuta, mas se discuta com os servidores olhando no olho de cada deputado”, disse Magalhães.
Já o deputado Fagner Calegário ressaltou que votará contra à matéria. “Com a Saúde não tem meu apoio. Todos vocês sabendo que eu defendo essa bandeira. Não podemos terceirizar responsabilidades. Quando ele for prejudicado no atendimento na terceirizada, ele vai processar não é a terceirizada não, é o Estado”.
Finalizando, Jenilson Leite foi duro. Ele questionou “porque o governo que dizia que a gestão anterior não sabia fazer gestão, está querendo terceirizar a Saúde? O governador Gladson Cameli assume a sua incompetência de fazer gestão. É isso que ele está dizendo, não é outra coisa. E os cargos comissionados que estão dentro da Sesacre? O governo tem que responder, vão ser demitidos? Ele precisa dizer o que vai fazer com aquele monte de gente dentro da Sesacre”, frisou.