Um dia após ter seu mandato cassado pelo juiz eleitoral Gilberto Matos de Araújo, da 1ª Zona Eleitoral, que julgou procedente a ação de impugnação impetrada pelo Ministério Público Eleitoral, o vereador Célio Gadelha (MDB) disse ao Notícias da Hora que não cometeu nenhum crime e que confia na "justiça de Deus".
Célio avisou que está recorrendo através de seu advogado e confia que será mantido no cargo.
"Sempre há uma esperança, até porque eu não cometi nenhum crime. O advogado tem também essa esperança, ele tem bons amigos lá em Brasília que fazem esse trabalho pra ele lá... Se Deus quiser... A gente tem essa esperança... Mas eu vou continuar fazendo meu trabalho como sempre fiz na Câmara. Eu acredito muito na Justiça de Deus. Estão sendo injustos comigo, não cometi nenhum crime", disse.
Em sua decisão, Gilberto Matos de Araújo afirma, a partir da ação do Ministério Público Eleitoral, que houve abuso do poder econômico e corrupção durante o processo eleitoral do ano passado.
Além da perda do mandato, o juiz quer que os votos do vereador sejam declarados nulos, sendo necessária uma nova recontagem dos votos, e que Célio Gadelha fique inelegível por oito anos.
"Desta forma, no caso em espécie, verifica-se que há nos autos conjunto probatório suficiente para configuração do abuso do poder econômico e obstrução ao regular processo eleitoral em virtude da ilícita forma utilizada para angariar votos através da entrega de vantagem econômica, porquanto os elementos informativos em sede de investigação foram confirmados pelas provas produzidas sob o crivo do contraditório. Vê-se, portanto, que a conduta praticada amolda-se aos fundamentos previstos no texto constitucional para a presente ação, especificamente no que tange ao abuso do poder econômico e à corrupção”, diz o magistrado.