Um dos assuntos que mais repercutiu na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta terça-feira (8) foi sem dúvidas o anúncio da pré-candidatura do ex-deputado Ney Amorim, ao governo do Acre, pelo deputado Neném Almeida. A pré-candidatura dele já é encarada como a terceira via, saindo da polarização Gladson e Petecão.
Ney Amorim, que já presidiu a Assembleia Legislativa por dois mandatos consecutivos, atualmente preside o Podemos. O partido tem hoje a maior bancada na Assembleia. Conta com quatro deputados: Chico Viga, André Vale, Fagner Calegário e Neném Almeida.
O anúncio da pré-candidatura mexe com o tabuleiro político na Casa do Povo, isso porque o Podemos integra a base de apoio do governador Gladson Cameli.
Ao trazer a notícia durante a sessão desta terça-feira, o deputado Neném Almeida foi questionado pelo líder da oposição, deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), se o partido deixaria de integrar a base de Gladson. A pergunta ficou sem resposta até o líder do Podemos na Aleac, deputado Fagner Calegário responder.
Calegário disse que o partido seguirá apoiando Gladson até o último dia de governo, porém “Que fique claro, o governo não está perdendo os aliados. Acredito que o governador vai reconhecer que como instituição partidária podemos sim buscar essa pré-candidatura e possível candidatura do deputado Ney Amorim. A bancada do Podemos vai apoiar o governo até o último dia. Agora, o futuro, a Deus pertence”, disse Calegário.
Após as explicações de Calegário, Edvaldo Magalhães voltou a falar sobre o assunto. “Vê se eu entendi: o pessoal que apoia o governador aqui na Casa, vai apoiar até o último dia, só não vai votar nele. O pessoal acompanha o enterro até à cova, só não pula dentro juntos. São essas fases de discussão que a gente precisa se animar também, pelo menos aqui dar uma descontraída”, afirmou.