Ao falar diretamente aos servidores da Saúde e da Educação nesta terça-feira (30), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) disse que é preciso romper com a narrativa alardeada pelo governo de que não são concedidos reajustes e realinhamentos dos Planos de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR), em virtude da Lei de Responsabilidade Fiscal.
“É preciso romper com isso. É preciso romper, já, de forma imediata. Amanhã é um dia simbólico, o Dia Internacional do Trabalho, e abre-se o mês de maio. Neste mês de maio, nós vamos ter nessas galerias dessa Casa uma espécie de mobilização permanente das diversas categorias e nós, aqui da Assembleia, vamos ter que fazer escolhas. Eu sou daqueles que gosta de acompanhar e observar o murmurinho da política. Essa semana, vários sites noticiaram que o governador pretende criar uma secretaria para tratar dos assuntos federativos do Acre em Brasília. Sabe para que? Para fazer uma acomodação política: pega um deputado federal, bota numa secretaria e abre a vaga para o outro, para fazer acordo político. Nessas horas não tem impedimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Se essa pouca vergonha vier aqui para a Casa, vamos denunciar, chamar todos vocês, porque nós estamos precisando tratar do assunto principal, que é do servidor público”, frisou Edvaldo Magalhães.
E acrescentou o parlamentar, líder da oposição: “a minha memória, apesar da idade e da maturidade, é boa. Eu lembro que quando no primeiro ano dessa legislatura, se abriu a brecha da Lei de Responsabilidade Fiscal, nós fomos para um debate ali nas comissões e nós dizíamos que as prioridades deveriam ser os planos de cargos e salários dos servidores públicos, a reestruturação, principalmente o plano da Saúde, que não tem um plano até hoje. Uma dívida eterna. Qual foi argumento que usaram naquele momento? Disseram: ‘não, você é um pessimista. No próximo quadrimestre aí é que vai ter mais folga ainda’. E enfiaram uma reforma administrativa criando um monte de cargos de confiança e mais secretarias e depois a janela se fechou e o servidor ficou a ver navios. Por isso, o momento é agora, de lutar”, completou.