A reitora da Universidade Federal do Acre, Guida Aquino, reuniu a imprensa na manhã desta sexta-feira (14) para falar a respeito do corte orçamentário de R$ 5,2 milhões para este ano. A previsão era de receber R$ 43,1 milhões, mas esse número caiu para R$ 37 milhões no tocante a custeio, ou seja, a manutenção dos campus. A reitora pondera que diante disso, não há como voltar as aulas presenciais em 2021.
“A gente fica naquela expectativa se a gente voltar uma atividade presencial, como é que a consegue voltar com atividade presencial com esse orçamento? Sendo que tem que fazer todas adaptações? O campus é arejado, mas as salas não são. Precisamos fazer toda uma programação hibrida”, disse Guida Aquino ao defender a permanência das aulas remotas neste momento de pandemia.
Ela também lembrou que o processo de imunização contra a covid-19 está moroso. “A vacina está lenta, não está chegando a contento. Enquanto não for vacinado, as universidades federais não voltam presenciais este ano”, disse Aquino.
Para tentar rever a crise imposta pelo corte orçamentário, o 3º ano seguido, a reitora pretende rever os contratos firmados pela instituição. Ela lembrou que em 2017, só a parte de investimentos tinha R$ 15 milhões. Esse montante caiu drasticamente no ano seguinte: R$ 6, 8 milhões. E vem caindo ano após ano, lembra a gestora. Este ano para se ter uma ideia, os investimentos ficaram condicionados a um orçamento de R$ 823.694,00.
Quando o assunto é bolsas científicas, o corte foi de 44% no orçamento deste ano. Em outro ponto, Guida Aquino destaca que em relação à assistência estudantil, R$ 2 milhões foram retirados. De R$ 10 milhões, caiu para R$ 8 milhões, comprometendo todo o trabalho da universidade no apoio aos estudantes, principalmente os mais pobres, que são assistidos por estes programas de apoio ao ensino.