Passada uma semana desde a elaboração do decreto de alerta ambiental pelas equipes técnicas da Secretaria de Meio Ambiente e a da Comissão Estadual de Riscos Ambientais, enfim o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), assinou a medida, publicada na edição desta sexta-feira, 16, do Diário oficial.
O alerta foi adotado após a explosão no número de focos de queimadas registrados no Acre nos primeiros dias de agosto. Ao todo, nos 10 primeiros dias do mês, 5.190 focos foram registrados pelos satélites do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os dados levam em conta as imagens coletadas por todos os satélites usados pelo Inpe. Este número, portanto, pode ser superestimado, pois um mesmo foco é contabilizado por diferentes satélites, indo para a somatória final.
Todavia, estes dados servem como referência para o Corpo de Bombeiros em sua estratégia de identificar os focos que necessitam de maior atenção para uma eventual ação de combate.
Levando-se em conta apenas os números do chamado satélite de referência (que tem as informações mais precisas), foram registrados 1.790 focos entre 1º de agosto e a última quarta-feira, 14. Os números correspondem por 90% do registrado em alongo de todo o ano.
O decreto de alerta ambiental tem como consideração tanto o risco eminente de queimadas descontroladas, quanto o de desabastecimento por conta do nível crítico dos rios acreanos.
O caso mais preocupante é o rio Acre, sobretudo na capital. O manancial é a única fonte de fornecimento de água para os mais de 400 mil moradores de Rio Branco. O rio Acre está abaixo da chamada cota de alerta máximo, que é de três metros. Na última quarta, em Rio Branco, ele registrava nível de 1,66m.
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