A Assembleia Legislativa do Acre realizou na manhã desta terça-feira (9) uma audiência pública para discutir acerca dos aprovados no concurso do cadastro de reserva do Instituto Socioeducativo (ISE). A audiência ocorreu a pedido das comissões de Constituição e Justiça e de Serviço Público, Trabalho e Municipalismo, presididas pelos deputados Gehlen Diniz (PP) e Edvaldo Magalhães (PCdoB), respectivamente.
O encontro contou com a participação do secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Ricardo Brandão, e do procurador-geral do Estado, Marcos Motta. Eles explicaram que a investigação social do concurso do ISE deve ser concluída até o final de setembro para iniciar o curso de formação já em outubro deste ano.
Ao ser questionado se todos serão convocados, Ricardo Brandão afirmou que “é possível que sim”, mas pediu cautela aos candidatos, isso porque há um fluxo natural do concurso, que deve ser seguido. “No ritmo que está indo, com os concursos paralelos, estes que estão no limite de corte cheguem lá. Não se aflijam antes da hora, mas é possível que sim, que chame a todos”, explicou ao dizer que muitos candidatos que foram aprovados no ISE sigam para outros concursos, como o Corpo de Bombeiros, por terem participado também desses certames.
Marcos Motta frisou que “as limitações legais”, impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, tem sido um fator para a não convocação de mais candidatos. Porém, pontuou que todas as vagas disponíveis atualmente “vão ser preenchidas por este concurso”.
O deputado Gehlen Diniz (PP) disse que a iniciativa da audiência nasceu em um encontro realizado em Sena Madureira. “Eu observei que eram interesses em comum e ao mesmo tempo diferentes. Haviam diversas situações. Naquela ocasião, em Sena Madureira, eu disse a ele que iria enviar várias perguntas à Seplag. Eu disse a eles: ‘se as respostas não forem a contento, faremos uma audiência pública”, explicou Gehlen Diniz ao destacar as presenças de Marcos Motta e Ricardo Brandão.
Já o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) pontuou que esta “legislatura se caracterizou por mediar muitos conflitos relacionados a concursos públicos” e acrescentou: “aqui é a Casa da pluralidade”. Quando um assunto adentra esse plenário, este plenário só larga esse assunto quando ele se resolve. Gosto de valorizar quem toma a inciativa. Deputado Gehlen tomou a iniciativa. Todos as vezes que teve um nó jurídico, a postura do procurador Marcos foi de procurar saídas jurídicas. Nós estamos saindo dela com uma data sobre o curso de formação, que é outubro”, completou Edvaldo.
Neném Almeida (Podemos) deixou uma preocupação sobre o pós-eleição. “No discurso de vocês é que hoje tudo pode, mas o meu medo é depois das eleições, que o ‘tudo pode’ vira ‘é possível’ e depois ‘impossível’. No meu modo de ver os discursos hoje foram muito políticos. Vocês, jamais vão me ver vender terreno na lua. Eu quero vender a verdade. Em ano eleitoral, tudo é possível. Tenham a certeza que esse deputado aqui sempre estará lutando por vocês”.
O líder do governo, deputado Pedro Longo afirmou: “não enganamos ninguém. A gente tem que olhar no olho. Vocês são o futuro do Acre. Vocês vão ser os novos servidores públicos”.
Encerrando, o deputado Roberto Duarte (Republicanos) disse que os 24 deputados querem “o melhor para todos” e se colocou à disposição: “vocês sabem da minha luta”.