Com IMC extinto, Gladson chega ao Fórum do Clima na Colômbia pautado na política do agronegócio
O governador Gladson Cameli (PP) participa do 1º de maio ao dia 4 do Fórum Global dos Governadores para o Clima e Floresta que acontece em Caquetá e Bogotá, na Colômbia. Sem uma política estabelecida na área ambiental e com forte propensão para o agronegócio, o Acre chegará ao Fórum destituído de seu maior trunfo ambiental, o Instituto de Mudanças Climáticas (IMC).
Acontece que com a reforma administrativa de dezembro, o novo governo do Acre destituiu o IMC da condição de instituto, rebaixando a departamento e deixando-o subordinado ao Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC). O ICM é importante ferramenta do governo do Acre no diálogo com organizações internacionais como o banco alemão de desenvolvimento KfW.
Sem nada para apresentar nesse quesito, as diárias pagas aos integrantes da comitiva governamental são altíssimos, principalmente em período de austeridade. As oito diárias e meio pagas ao governador Gladson Cameli custará aos cofres públicos R$ 10.129,88. O mesmo valor será pago para o chefe da Casa Civil, José Ribamar Trindade e a Flávio Pereira da Silva. Os dois vão assessorar Gladson Cameli durante o Fórum. Só em diárias a viagem custará R$ 30.389,64. Os dados estão no portal da Transparência do governo do Acre.
Numa linha contrária à adotada pelo governo de Cameli, que tem como apoiadores o senador Marcio Bittar (MDB/AC), que recentemente defendeu o fim das reservas legais em áreas particulares de uso agrícola, o objetivo do Fórum é a redução das emissões de gases que provocam o efeito estufa por desmatamento ou degradação ambiental. REDD- Reducing Emissions com Deforestation and Forest Degradation, do qual o Acre faz parte desde o governo Binho Marques (2007-2010).