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POLÍTICA

TRE do Acre gasta mais de R$ 28 mil com comitiva para acompanhar 2º turno das eleições no Amapá

TRE do Acre gasta mais de R$ 28 mil com comitiva para acompanhar 2º turno das eleições no Amapá

O Tribunal Regional Eleitoral do Acre parece viver em um mundo paralelo e alheio à crise financeira que obriga os órgãos públicos a cortarem gastos e priorizarem atividades essenciais. A corte eleitoral do Acre está gastando mais de R$ 28 mil com despesas de uma comitivia para acompanhar o segundo turno das eleições em Macapá, a capital do Estado do Amapá.

A comitiva, que é composta por quatro servidores, um magistrado e um colaborador, embarcou rumo à capital amapaense na última segunda-feira (14). Eles permanecem até o final do pleito eleitoral do 2º Turno, que acontece dia 20 de dezembro.

Segundo planilha que a reportagem do NH teve acesso, a viagem dos servidores custou aos cofres públicos mais de R$ 28 mil. Entre os que compõem a lista está o corregedor-geral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AC), desembargador Luís Camolez, que consta na planilha com um gasto estimado em R$ 6.474, 68.

Os pagamentos dos valores não são ilegais, mas chegam a ser imorais diante da crise sanitária em que vive o Brasil, em que se exige das instituições a economicidade dos recursos públicos. A viagem em si não tem efetiva finalidade prática, pois as eleições no Acre já se encerraram não havendo necessidade de assistir eleições em outro estado, o que pode ser caracterizado como desperdício de dinheiro público.

O outro lado

CAMOLEZO diretor-geral do TRE/AC, Jonathas Carvalho, informou ao Notícias da Hora que o grupo de cinco pessoas em viagem a Macapá é composto pelo vice-presidente e corregedor do órgão, desembargador Luiz Camolez, além do coordenador da Corregedoria do Tribunal, o coordenador do setor de Tecnologia da Informação, um assessor de imprensa e o secretário de Eleições.

O diretor-geral justificou que a visita institucional é necessária, pois os Estados do Acre e Amapá são parecidos em logística. Por isso a razão da troca de experiências. No Amapá, à semelhança do Acre, apenas a capital tem segundo turno.

Jonathas informou ainda que o laço de amizade entre os presidentes dos dois TRE’s possibilitou esse intercâmbio.

"É algo muito normal e muito comum essa troca de experiências. O pessoal que está indo vai fazer visitas técnicas para acompanhar a logística", afirma.

O diretor explicou que um dos objetivos é melhorar o setor de Tecnologia da Informação. Nesse quesito, o Amapá é um exemplo para o Acre.

Ele também acrescentou que o Tribunal Regional Eleitoral tem trabalhado de forma transparente. Não à toa está em sétimo lugar, segundo Jonathas Carvalho, em nível de transparência entre os TRE’s do país.