O governador Gladson Cameli mostrou incômodo com a situação dos trabalhadores da Red Pontes que prestam serviços para o Estado.
Nesta terça-feira (3), colaboradores da empresa que trabalham no Pronto-socorro de Rio Branco e estão com seus salários atrasados desde julho fecharam um dos acessos à unidade cobrando os pagamentos. Um dia após a manifestação, na manhã desta quarta-feira (4), durante um evento na Secretaria de Educação, Cameli disse à imprensa que a terceirizada só pode receber repasses depois que estiver com as certidões regulares.
“Como é que eu posso fazer qualquer tipo de pagamento se não tiver certidões que respaldam e que garantam que o servidor dela vai receber”disse.
Cameli lamentou a situação dos trabalhadores, disse que já conversou com os representantes da Red Pontes e reforçou que há o uso político da situação. “Tem uma campanha de querer enfraquecer a governabilidade”, afirmou.
Sesacre diz que pagamentos devem ser feitos por via judicial
Momentos após os trabalhadores terceirizados do Pronto-socorro fecharem, em protesto contra atrasos salariais, uma das vias de acesso à unidade, a Secretaria de Saúde do Estado emitiu nota informando encerrou o prazo para que a empresa Red Pontes apresentasse as certidões negativas exigidas pela legislação em vigor para pagamento do contrato de prestação de serviços nas unidades hospitalares, incluindo o PS e que “a partir desta quarta-feira, 4, o Estado está autorizado a efetuar o pagamento dos funcionários da empresa que prestam serviços nas unidades hospitalares da capital, por via judicial”.
A nota assinada pelo secretário de Saúde, Pedro Pascoal, informa que “os órgãos de controle, incluídos o Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público Estadual, estão cientes da situação e acompanham o caso com o objetivo de não causar mais prejuízo a estes funcionários. Mais uma vez reafirmamos nosso compromisso com a saúde pública e com o bem-estar dos profissionais que atuam em nosso sistema”.