A escolha do novo chefe da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) foi um dos primeiros assuntos discutidos na tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira, dia 05. A incógnita sobre o novo nome para comandar uma das maiores pastas da estrutura do Governo do Acre repercute fortemente no plenário e ainda nos corredores da Casa de Leis.
Segundo o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), dos 150 dias em que ficou no cargo de secretária, a médica Mônica Feres viajou para fora do estado por mais de 40. Situação que, segundo o deputado, levou ao “caos” no setor de saúde. O comunista elencou, por exemplo, que nos deslocamentos para Brasília (DF), a médica não visitou sequer um deputado federal ou senador.
“Nas viagens que ela fez para Brasília, não tem uma única fotografia despachando no Ministério da Saúde. Não tem uma única fotografia com a bancada federal, ou em outro ministério. Ela veio aqui na Assembleia e disse que tinha solução para tudo, mas deixou o sistema entrar em colapso. Ela e sua falsa equipe de coronéis competentes”, criticou o deputado.
O pedido de demissão de Feres era esperado desde a sexta-feira, dia 1º, e ainda não se confirmou oficialmente, mas segundo o governador Gladson Cameli, isso deve se concretizar nos próximos dias. O governador já está em busca de um novo nome para ocupar o posto que será desocupado por Mônica Feres. “Eu quero que o governador Gladson Cameli demore, mas que demore o tempo certo e que escolha corretamente o novo gestor da saúde”, completou.
Prata da casa - Ao comentar a exoneração da pediatra Mônica Feres, Gladson Cameli acrescentou que vai fazer uma espécie de plantão na Secretaria de Saúde e hospitais até escolher um nome para comandar a pasta. Chegou a dizer que pode convidar um servidor de carreira da Sesacre. A informação foi publicada em primeira mão pelo jornalista Luciano Tavares, no Blog da Hora (Gestores da Sesacre vão ‘pedir a cabeça’ de Mônica e dos coronéis da Saúde).
"Eu vou entrar agora dentro da Sesacre de ponta a ponta e escolher uma pessoa. Ainda não sei. Por que não lá de dentro? De carreira? Por que não um enfermeiro? Um colaborador que fica na porta vendo quem entra e quem sai? Pessoal está achando que vai cair só a secretária. Vai cair a secretária e subdiretores. Não adianta trocar a secretária se não trocar o que está embaixo. Vou trocar tudo”, destacou o governador.