A conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE/AC), Naluh Gouveia, revelou durante audiência na Assembleia Legislativa do Acre, para discutir sobre feminicídio, que foi estuprada pelo padrasto aos 16 anos. Ela contou que aos 7 anos de idade teve que defender a mãe contra as agressões do padrasto.
“Com 15 e 16 anos eu fui estuprada. Me choca, as mulheres votarem no Bolsonaro. Me choca! Sabe porquê? Ele olhou para a Maria do Rosário, uma professora, que a vida toda lutou por direitos humanos. Ele disse que ela não merecia ser estuprada. Alguém aqui já foi abusada pelo padastro? É horrível. Muitas vezes a família não acredita”, disse emocionada, Naluh Gouveia.
Naluh Gouveia, que já foi deputada estadual pelo Partido dos Trabalhadores, disse que não entende o motivo pelo qual as mulheres não votam em mulheres, o que faz com que as casas legislativas tenham representatividade maior de homens. “Eu não vejo as mulheres votando nas mulheres, para que a gente possa mudar o PPA {Plano Plurianual]”.
E acrescentou: “Se não tirarmos o Bolsonaro, vamos continuar com esse tipo de política de ódio. Eu não consigo compreender quando o pessoal diz que não tem recurso”.