O secretário de Saúde de Rio Branco, Frank Lima, afirmou nesta segunda-feira, dia 11, em entrevista ao portal Notícias da Hora, que vai pedir ao Ministério da Saúde a inclusão dos desabrigados pela cheia do Rio Acre no grupo prioritário local, que poderá receber doses da vacina contra o coronavírus ainda neste mês de janeiro.
Segundo o gestor, a estratégia é ter dentro dos abrigos pessoas imunizadas contra o vírus causados da Covid-19, reduzindo as chances de um aumento nos casos da doença dentro das instalações montadas pela Prefeitura de Rio Branco para receber atingidos pelas águas do Rio Acre. Medida que Frank Lima destaca: “Isso ainda será avaliado pelo Ministério da Saúde”.
“Diante da problemática da alagação, nós estamos pedindo ao Ministério da Saúde uma inclusão de prioridade dentro do plano de vacinação. Queremos ter pessoas imunes, vacinadas, dentro dos abrigos, desde os profissionais voluntários, até os próprios abrigados em nossos espaços. Dessa forma teremos mais segurança para todos, desde as crianças, até os idosos”, esclarece o gestor.
Apesar de pedir, Frank Lima pode receber uma resposta negativa parcial do Ministério da Saúde. Isso porque o plano nacional de imunização não prevê, ao menos por enquanto, a vacinação de crianças, adolescentes e grávidas. Um dos motivos para esses grupos ficarem no fim da fila para receber a vacina é não serem os mais afetados por casos graves ou mortes por Covid-19. "O plano nacional de vacinação é feito de acordo com estudos epidemiológicos. Foi verificado que 52% de óbitos eram de idosos e adultos com comorbidades, que é quando tem outra doença associada. Crianças e jovens são os que menos morreram desta doença e ainda não há um perfil de segurança para grávidas", descreve o farmacêutico Antônio Júnior, que é professor dos cursos da área da saúde da Multivix.
Com mais de 200 milhões de habitantes no Brasil e com a grande possibilidade de serem necessárias duas doses da vacina, é inviável que haja a imunização de todos os brasileiros de uma só vez, portanto, há necessidade de priorizar grupos, destacou uma reportagem do site A Gazeta de São Paulo.