Um decreto assinado pelo governador Gladson Cameli mudou a forma de contabilização das mortes causadas pela Covid-19 e, dessa forma, manter ou não as regionais na classificação de emergência (bandeira vermelha), quando nesta classificação estiverem.
O documento está publicado no Diário Oficial, edição desta segunda-feira, dia 07, e foi redigido após um pedido feito pelo Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19. Agora, a regra leva em conta as mortes registradas nos últimos sete dias antes da reclassificação.
Se em sete dias a quantidade de óbitos for maior que 40, a região deve ficar no nível de emergência (vermelha). Se o índice de mortes provocadas pela doença em uma semana variar entre 31 e 40, a regional vai permanecer no vermelho.
De acordo com o documento, se em sete dias o número de mortes variar entre 15 e 30, o nível será de alerta, representado pela cor laranja. Só é possível seguir para a bandeira amarela se o número de óbitos ficar entre 3 e 13 no prazo de 7 dias. Para avançar para o nível verde, o Acre deve registrar apenas 2 mortes em 7 dias.
Nota de Esclarecimento
O governo do Estado do Acre, por meio do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19, vem a público esclarecer matérias em sites noticiosos a respeito das alterações nas classificações dos níveis de risco. Importa informar que, caso haja qualquer tipo de intenção do Estado em se fazer retroceder nos níveis de risco ora divulgados, em caso de agravamento excepcional, tal ato está previsto no decreto nº 6.206, de 22 de junho de 2020.
1 – Cabe salientar que o Comitê, em sincronia com o governo do Estado, vem trabalhando de forma criteriosa, técnica e científica, a fim de dar transparência a toda e qualquer medida adotada, estabelecendo, além de tudo, o diálogo aberto com toda a sociedade civil organizada.
2 – No que tange a alteração publicada no decreto nº 7.394, de 4 de dezembro de 2020, a mesma ocorreu em virtude da alteração no padrão de ocorrência de óbitos. Tal fato pode influenciar na precisão dos cálculos utilizados para compor a nota das regionais, uma vez que estamos tratando, nesse caso, de uma variável discreta. Para evitar qualquer possibilidade de inconsistência, agindo de forma preventiva, o Comitê promoveu essa alteração, que não gera prejuízos e nem diminui o nível de confiabilidade do trabalho.
3 – O monitoramento dos dados que se referem à pandemia causada pelo coronavírus é realizado diuturnamente pelos membros técnicos do Comitê Especial e do Grupo de Apoio ao Pacto, e as intervenções metodológicas serão realizadas sempre que se identificar a necessidade, uma vez que a ciência e as informações se renovam a cada dia, tornando o processo de controle e acompanhamento da doença desafiador e dinâmico.
4 – Assim sendo, este Comitê, composto por representantes de instituições renomadas e de grande prestígio do Estado do Acre, repudia toda e qualquer matéria que venha colocar em xeque o trabalho técnico-científico de tamanha grandeza e complexidade realizado por seus membros. Salientamos que a participação da imprensa na divulgação de informações a respeito da Covid-19 é de suma importância para que alcancemos o sucesso em seu controle. Entretanto, tal papel deve ser realizado com responsabilidade e com a consciência que a divulgação de uma matéria incorreta prejudica de forma expressiva o trabalho que vem sendo realizado pelo Estado do Acre.
Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 (Caecovid)