Em visita à Capital do Acre nesta sexta-feira, 17, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) comentou sobre o cenário político da direita para as eleições presidenciais de 2026. A ex-ministra reafirmou a força do campo conservador e destacou que, apesar das divergências internas, a direita possui "muitos nomes de peso", enquanto, segundo ela, a esquerda está sem um projeto claro para o país.
Durante a coletiva, Damares foi questionada sobre as discussões dentro do grupo político de direita, especialmente após declarações do governador do Acre, Gladson Cameli, que criticou uma possível tentativa da família Bolsonaro de monopolizar a escolha do candidato à Presidência.
Segundo Cameli, o nome do futuro presidenciável não deveria sair necessariamente da família Bolsonaro.
Ao ser perguntada sobre quem ela apoiaria, Damares evitou cravar um nome, mas ressaltou que seguirá a liderança de Jair Bolsonaro. “Nós vamos seguir o líder. Eu também”, afirmou. Ela ainda destacou que nomes como o do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), têm apoio dentro do grupo.
“A direita brasileira tem nomes. Nós temos nomes de peso. Temos muitos nomes — de homens e mulheres”, disse a senadora. Em contraste, ela criticou duramente o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o posicionou como o principal nome da esquerda. “Quem é o nome da esquerda? Haddad, que faliu a nação brasileira”, disparou.
Apesar das disputas internas no campo conservador, Damares reforçou a necessidade de manter a unidade do grupo: “O bolsonarismo é o que tem de mais ativo no movimento de direita. Nós não podemos perder essa unidade. Lá na hora de definir o nome, vai estar todo mundo junto. O problema é que nós temos tanto nome bom que vai ser difícil escolher o melhor dos melhores.”
A presença da senadora no Acre ocorreu a convite do senador Márcio Bittar (PL) e faz parte de uma série de agendas com lideranças locais e apoiadores da direita no Estado. A visita também reforça a articulação nacional entre figuras conservadoras visando as eleições de 2026, em um cenário político que ainda se mostra fragmentado, mas com pretensões claras de protagonismo.