A CPI da Educação proposta pelos deputados de oposição e independentes parece que não sairá do papel. Proposta há 15 dias, a CPI permanece sem deferimento por parte da Mesa Diretora da Assembleia. Das 9 assinaturas, duas parecem comprometidas suas manutenções.
Ontem, o governador Gladson Cameli nomeou a esposa do deputado Neném Almeida com um salário de R$ 6 na Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia – SEICT. Ana Cristina da Costa Oliveira passa a integrar o quadro de comissionados do governo. Com isso, certamente a permanência da assinatura dele no requerimento de Zen deve durar poucos dias.
Outro que deve repensar sua assinatura no pedido é o deputado Jenilson Leite (PSB). Hoje, o governador Gladson Cameli nomeou a professora Socorro Neri, ligada ao partido de Leite, para a Secretaria de Estado de Educação (SEE), justamente a pasta a ser investigada.
A ligação de Socorro Neri é muito forte com o governador Gladson Cameli. Com a nomeação de Neri, abre-se espaço para o PSB acomodar os seus no governo e Jenilson não irá confrontar essa decisão, que também parece ser do partido.
Com 7 assinaturas apenas, se confirmada, a CPI de Zen será enterrada antes mesmo de nascer. Com isso, a CPI proposta pelo deputado Pedro Longo (PV) deve ser retirada pelo autor da proposta. Ou seja, as investigações na Educação cairão mesmo no colo do Ministério Público do Acre, Polícia Civil e demais órgãos de controle.
O Notícias da Hora confirmou que até o momento nenhum deputado retirou sua assinatura, mas também o pedido de CPI não andou. Segue na mesma aguardando parecer técnico da assessoria jurídica da Casa. Embora tendo 48 horas para deferir, o presidente Nicolau Júnior preferiu ganhar tempo enquanto as articulações por parte do governo iam acontecendo.