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POLÍTICA

DCE repudia declarações de N. Lima e convida vereador para fiscalizar existência de pé de maconha na Ufac

DCE repudia declarações de N. Lima e convida vereador para fiscalizar existência de pé de maconha na Ufac

O Diretório Central dos Estudantes encaminhou à Mesa Diretora da Câmara Municipal de Rio Branco nota de desagravo contra o vereador N. Lima (PSL) que afirmou, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, de quem é correligionário, que há plantações de maconha nas universidades e que existem alguns professores vagabundos nas instituições públicas de ensino superior. As declarações do parlamentar foram feitas durante recentes sessões legislativas na Câmara durante o contexto do debate sobre os cortes de investimentos nas universidades públicas.

Para o DCE, as palavras do vereador foram desrespeitosas quando direcionadas aos acadêmicos e docentes.

"Na nobreza de nossa consciência acadêmica, convidamos Vossa Excelência para conhecer a pé a nosso campus universitário, fazer uma fiscalização na procura do “pé de maconha”, a qual, em seu mundo profano, acusou", diz parte da nota.

Os estudantes pedem à Mesa Diretora da Câmara de Rio Branco "uma melhor regulação do debate produtivo, a fim de focar em idealização como parte de pautas da capital do
Acre, ponderando aberrações de discussões ineficazes a comunidade local, tal qual o
pensamento do Vereador N Lima".

 

Abaixo a nota do DCE na íntegra:

NOTA DE DESAGRAVO

Que se faça protocolar na mesa Diretora da Câmara de Rio Branco, em tramitação específica para o presente caso, ou nos sumários que transcorrem a presente audiência Pública, a nota de Desagravo que instituímos na sessão, aos discursos raivosos e maculosos proferidos de forma verborrágica pelo vereador N. Lima, que no uso da prerrogativa de Vereador de Rio Branco, verbalizou imagem de seus algozes como sendo a realidade do Acadêmico do Acre, em um pensamento torpe de sua forma de ver o socialismo e a tentativa constante de confundir nosso progresso universitário constitucionalmente embasado, aos preconceitos e defesas cegas de seus correligionários.

A acidez de suas palavras é totalmente desrespeitosa quando direcionadas aos acadêmicos e docentes, a qual termos são: “um bando de vagabundos de professores e alunos”, e que “andam fazendo porcarias dentro das universidades”. Nem o mais antiquado Coronel de seringais acreanos teria um pensamento tão empobrecido como o de Vossa Excelência, a qual, é notável que os almoços passem longe do RU da UFAC, muito menos que seu trajeto diário seja andar nos ônibus até nosso campus.

Na nobreza de nossa consciência acadêmica, convidamos Vossa Excelência para conhecer a pé a nosso campus universitário, fazer uma fiscalização na procura do “pé de maconha”, a qual, em seu mundo profano, acusou. Direcionamos que Vossa atenção na tribuna deveria estar mais focada aos laranjais deste país e aos problemas dos bairros de Rio Branco, do que a ofensas descomedidas a comunidade acadêmica. Aos professores e alunos a qual chamou de “vagabundos que viajam”, oxigenamos vossa mente, de que, a estrutura mínima que temos para desbravar conhecimento nos congressos do país, é uma condição de ônibus por vezes por nós abastecidos, que passa longe da estrutura de diárias, passagens aéreas e pagamentos de treinamentos que seus mandatos já lhe possibilitaram com dinheiro público.

Se um dia teve passagem por uma universidade, infelizmente, seu conhecimento petrificou tal qual sua atualização sobre nossa realidade sucumbiu as crenças. É por conta de um vereador que não consegue pronunciar “fake News” em uma tribuna, que milhares de jovens estudam para mudar a realidade de Rio Branco. Diferente do pensamento do parlamentar, as benesses neste país estão sendo cortadas em cantos errados, e que se façam reforma de onde tem-se que cortar, ao invés de regrar comida de nossa doente educação.

A realidade das Universidades e Faculdades de Rio Branco Senhor vereador, não é uma “baixaria”, como seus pensamentos e que por querermos estudar, não arredaremos o pé Na defesa da nossa instituição e da educação publica deste pais, mesmo com as ofensas confusas de seus pronunciamentos. O “não tá nem ai”, cacoete tão utilizado em suas falas, é o retrato pessoal de sua representação produtiva para com essa casa.

Desejamos a fortificação de todas as instituições de fiscalização do país, e que a passagem de um país a limpo não induza cortes na educação, haja vista, que deveria o executivo reformar a si mesmo antes de pregar um país de miseráveis, sendo parte da miséria, a pobreza de conhecimento.

Desejamos a mesa Diretora da Câmara de Rio Branco uma melhor regulação do debate produtivo, a fim de focar em idealização como parte de pautas da capital do Acre, ponderando aberrações de discussões ineficazes a comunidade local, tal qual o pensamento do Vereador N Lima, que na ilusória defesa da família , cita a sua como parte da universidade, sem conhecer a realidade de todos nós, usando o espaço da municipalidade para discursos apaixonados ao presidente do pais, que sequer sabe de existência dele neste parlamento, mas que tem consciência do impacto estrutural do atraso a nossa comunidade acadêmica.

Sintetizamos nosso desagravo no mesmo nível e prumo das palavras do ministro Luis Roberto Barroso.

“A vida para V. Exa. é ofender as pessoas. Não tem nenhuma ideia. Nenhuma. Só ofende as pessoas. Qual é sua ideia? Qual é sua proposta? Nenhuma! É bílis, ódio, mau sentimento, mal secreto, uma coisa horrível. V. Exa. nos envergonha”